A inclusão de animais na Base Nacional de Dados (BND) do Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) já é feita de acordo com as novas regras, que atendem demandas de importadores.
A inclusão de animais na Base Nacional de Dados (BND) do Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) já é feita de acordo com as novas regras, que atendem demandas de importadores.
Desde 1º de dezembro, devem estar rastreados todos os bovinos e bubalinos das propriedades que vendem animais a frigoríficos exportadores de carne para os mercados que exigem a rastreabilidade. A instrução normativa (IN) no 17, de junho, prevê que a adesão seja voluntária.
Segundo o secretário nacional de desenvolvimento agropecuário e cooperativismo, Marcio Portocarrero, até o momento, o Ministério da Agricultura (Mapa) não recebeu reclamações sobre dificuldades com as novas regras.
Afirmou que, tão cedo, não deve haver alteração no Sisbov. ´Se mexermos de novo, poderá haver descrédito do Brasil.´ Em outubro, a missão da União Européia que esteve no país recebeu uma tradução das novas regras do Sisbov. Conforme Portocarrero, as autoridades da UE ficaram satisfeitas com as alterações, já que atendem às exigências dos consumidores e criadores europeus. ´O produtor da UE cobrava equivalência de exigências, já que ele tem que rastrear e o nosso sistema antigo não garantia isso´, disse.
Produtores que possuem animais cadastrados têm até o final do ano para se habilitarem à categoria de estabelecimento rural aprovado no Sisbov. Em 2008, o animal perderá a condição de rastreado.
As informações são do jornal Correio do Povo, RS.
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Acho estranha a informação que está tudo bem com o sistema, ele ainda não está liberado para cadastrar os novos animais.
Ainda hoje falei com uma certificadora e eles me informaram que o Mapa ainda não atualizou seu sistema, ou seja, o novo Sisbov ainda continua o velho.
Gostaria de desejar um Próspero Ano novo.
As vantagens que um bom sistema de rastreabilidade proporciona são inúmeras, a começar pela valorização da carne no mercado.
Além disso, o pecuarista que adota um controle completo e rigoroso do rebanho consegue gerenciar melhor a fazenda, pois ele passa a saber as exatas condições de cada animal e seu desempenho em relação ao restante do rebanho. Que produtor quer manter um animal que não esteja ganhando o peso esperado? Sob o ponto de vista administrativo, saber exatamente o que cada animal rende é sinônimo de lucro. Aí entra a importância da rastreabilidade, com o registro do dia-a-dia dos animais.
A partir de 01 de dezembro de 2006, entrou em vigor o Novo Sisbov.
Principais mudanças:
1. A propriedade tem que ser aprovada e cadastrada como Estabelecimento Rural Aprovado (ERA) no MAPA.
2. A adesão ao novo SISBOV pelo produtor é voluntária.
3. Para ser um estabelecimento aprovado (ERA), o produtor necessita do seguinte:
· Inventario de animais registrados na Unidade Veterinária local.
· Termo de adesão ao Novo SISBOV.
· Cadastro do produtor
· Cadastro da propriedade
· Protocolo básico de produção
· Registro de insumos utilizados na propriedade
· Todos (100%) os bovinos e bubalinos da propriedade identificados individualmente ( este número de cabeças deve ser igual ao comunicado na Casa da Agricultura )
4. A Propriedade deverá contratar uma única certificadora para rastrear seus animais.
5. As visitas obrigatórias na propriedade ( Fazendas ) serão a cada 180 dias, e no caso de confinamentos ( Boitéis ) a cada 60 dias enquanto houver animais em terminação.
6. O produtor tem até 31 de dezembro de 2007 para se adequar à nova legislação e comercializar todos os seus animais rastreados pela Normativa antiga, quando então todos os animais que restarem do sistema antigo perderão sua rastreabilidade.
7. Em 31 de dezembro de 2007 serão revogadas todas as IN antigas sobre rastreabilidade.
8. O animal que entrar num Estabelecimento Rural Aprovado (ERA), terá que ser identificado no momento da entrada.
9. O estabelecimento ERA que vender animais para propriedade não ERA, perderá sua rastreabilidade.
10. O estabelecimento não ERA poderá vender animais para propriedade ERA até 31 de dezembro de 2008.
11. A partir de 01 de janeiro de 2009, uma propriedade ERA somente poderá adquirir animais de outra propriedade ERA.
12. O produtor deverá rastrear os animais nascidos em propriedade ERA no máximo com 10 meses de idade e antes da primeira movimentação.
Muito boa a reportagem em relação ao novo Sisbov, porém acredito que o título não está adequado, pois como já foi citado em comentário, o sistema ainda não está liberado para que seja inserida as propriedades ERAs.
E ainda digo mais, com certeza está havendo reclamações sim, primeiro por parte das certificadoras, que estão sem trabalhar, segundo as fábricas de brincos, que estão paradas, terceiro o produtor, que se precisar cadastrar ou transferir seus animais de arrendamentos que não foram cadastrados antes de dezembro de 2006, estão hoje impossibilitados de abaterem seus animais com status de rastreado e por último o BRASIL, que com essa atitude demonstra mais uma vez o descaso do poder responsável pelo andamento do processo de certificação de produtos em nosso país, resumindo: isso é uma vergonha!
Infelizmente o Estado do Rio de Janeiro, que já foi o berço da pecuária de corte nesse nosso país, pelas regras novas ficará fora do SISBOV, pois não existe atualmente nenhum matadouro frigorífico habilitado a exportação internacional, em consequência os produtores não terão nenhuma vantagem financeira em aprovar a sua propriedade junto ao SISBOV do MAPA.
Em relação ao controle sanitário dos animais , uma propriedade ERA, terá sempre melhor controle sanitário do seu rebanho, ajudando consequentemente no controle e erradicação de enfermidades agudas, como por exemplo a aftosa, porém se houver uma eclosão de foco de aftosa, os ERAs e não ERAs serão afetados e quem perderá será o nosso país.
Acredito que esse sistema novo irá melhorar muito a propriedade rural da carne bovina, a credibilidade do nosso rebanho no mercado internacional. Porém, ainda é grande a desconfiança do produtor junto a esse sistema. O Mapa esta atrasado no sistema. Muito bonito o novo sistema no papel, mas na prática, vai dar trabalho para convencer o produtor rural que desta vez vai funcionar. Mas, nós, como profissionais da área, devemos acreditar no sistema, no Mapa e passar essa confiança a nossos clientes.
Ontem, dia 12/jan, tentei fazer pedido de brincos aqui em Campo Grande, cidade que é um dos pólos da pecuária de corte brasileira. Tudo parado. Se nem pedido de brincos consegue-se fazer, quem dirá fazer o cadastro. Tenho animais nas regras antigas em 2 certificadoras e ambas falaram a mesma coisa: problemas no sistema. Quem vai pagar a conta do prejuízo, já que a carência agora é de 90 dias ?
Sugiro ao Sr. Portocarrero informar-se melhor. Num momento de transição como esse, vindo de um tremendo baque pela aftosa no ano passado, e mergulhados numa crise sem precedentes, a reportagem transparece uma posição muito cômoda do principal órgão envolvido no Sisbov (mapa), qual seja ficar esperando pelas reclamações. Eles deviam ter técnicos preocupadíssimos em acompanhar o dia a dia das partes envolvidas nesse período crítico, e prontos a encaminhar os problemas. Não ficar aguardando os problemas serem reportados.
Saudaçoes,
Marcelo Feltrin
Prezados Srs.
Mais uma vez no Brasil, temos o exemplo de que, infelizmente, datas limites só existem para a pessoa física ou jurídica, não para as instituições governamentais.
Agora queria entender como o próprio governo estipula uma data, sendo que nem o próprio consegue fazer suas adaptações para cumprí-la?
A página do Sisbov na Internet é uma lástima, para ser respeitoso e não dizer outra coisa. O sistema onde, no frigorífico, se dá baixa nos DIAs no Banco de Dados não passa uma semana sequer sem apresentar problemas, e, passamos horas e horas no computador aguardando a tão esperada “volta do site”.
E aguardem pois este foi uma pequena transformação do que virá no final do ano, com o final do lote rastreado e início do estabelecimento aprovado.
Deus nos acuda… o que será de nós: certificadoras, pecuaristas e frigoríficos?
O que será de nós, Brasil?
Tenho uma dúvida em relação ao novo Sisbov:
Hipótese: Fazenda de Cria, recria e engorda, com 4 mil matrizes (vacas parideiras), que desmamam, por ano:
– 1.800 bezerros machos destinados ao abate;
– 1.800 bezerras fêmeas, sendo 400 destinadas a reposição e 1.400 destinadas ao abate;
Portanto essa propriedade teria 7.600 animais, mas para abate apenas:
1.800 bois gordos;
1.400 novilhas gordas;
400 vacas gordas;
Total abates: 3.600 animais, para um rebanho de 7.600, ou seja, as 4.000 matrizes em produção não serão abatidas, apenas as 400 vazias ao final da estação de monta.
Pergunta: Será obrigatório rastrear 100% do rebanho, mesmo que o abate seja de 47% do rebanho?