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Mapa prevê crescimento das exportações do agronegócio

As exportações dos principais produtos do agronegócio brasileiro poderão render cerca de US$ 2,4 bilhões a mais em 2003 em relação às receitas alcançadas no ano anterior, de US$ 24,8 bilhões, um incremento de 9,7%. A avaliação é do secretário de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Linneu Costa Lima, ao anunciar ontem (05) o resultado da balança comercial do agronegócio de janeiro, que alcançou superávit de US$ 1,586 bilhão. Em janeiro, o setor atingiu recorde de exportações para o mês, com US$ 1,969 bilhão. As importações totalizaram US$ 383,3 milhões.

De acordo com o secretário, o incremento das exportações de 2003 deverá resultar da expansão da produção e do volume exportado de grupos importantes de produtos do agronegócio, com destaque para as vendas externas de soja e carnes. “Considerando as estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e entidades do setor privado para a produção de grãos, somente soja e seus derivados podem contribuir com um incremento das receitas de exportação em US$ 1,2 bilhão este ano”, afirmou.

Também devem contribuir para o cenário positivo as previsões do mercado em relação ao comportamento da taxa de câmbio e de recuperação do crescimento econômico mundial. A Secretaria de Produção e Comercialização estima que a retomada da economia e do comércio mundial pode ter um duplo efeito positivo sobre as exportações brasileiras: um aumento da demanda mundial por produtos agrícolas e uma recuperação dos preços das commodities.

Pelo lado das importações, as projeções de um crescimento econômico próximo de 3% indicam uma recuperação das compras externas de produtos do agronegócio, que podem alcançar um valor de US$ 4,75 bilhões em 2003, 5,8% do valor importado em 2002 (US$ 4,5 bilhões). “Com isso, é razoável estimar que o saldo da balança comercial do setor possa alcançar US$ 22,5 bilhões no próximo ano”.

As vendas de carnes registraram em janeiro deste ano crescimento de 26,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, com receitas passando de US$ 186,7 milhões para US$ 236,9 milhões. O resultado foi conseqüência do significativo aumento do volume exportado. Destacaram-se as vendas de carne bovina in natura, frango in natura e suínos, cujos volumes cresceram 63.3%, 49,3% e 134,7%, respectivamente.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), adaptado por Equipe BeefPoint

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