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Mapa publica novo Sisbov

O Mapa publicou Instrução Normativa que regulamenta o novo Sisbov (Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos) no Diário Oficial da União na sexta-feira. A IN entra em vigor 60 dias após sua publicação. O Sisbov será de adesão voluntária para mercados que exigem a rastreabilidade, hoje a UE e o Chile. Exceção para animais importados, cuja adesão será obrigatória.

De acordo com o documento, algumas importantes alterações ficam estabelecidas, entre as quais é consolidado o conceito de Estabelecimento Rural Aprovado no Sisbov, que não poderá manter bovinos e bubalinos não certificados na propriedade. Todos os animais nascidos na propriedade devem ser incluídos na BND até idade de 10 meses, e, em caso de aquisição, até 30 dias após a compra. O prazo para adequação é 31 de dezembro de 2007.

As movimentações de bovinos e bubalinos deverão ser comunicadas às certificadoras e aos órgãos executores da sanidade animal. A apresentação do DIA permanece obrigatória, exceto para o caso de identificação por dispositivos eletrônicos, desde que as leituras, lançamentos na BND ou demais identificações sejam realizados eletronicamente em todas as fases de movimentação. A dupla identificação não será mais obrigatória. No entanto, no caso de identificação simples, caso ocorra a perda do identificador, o animal perde o registro na BND.

O documento estabelece que o DIA pode ser substituído por uma Planilha de Identificação Individual, que é uma relação atualizada de animais identificados individualmente, contendo o número e o código de barras, elaborada e atualizada pela certificadora, e mantida na propriedade.

O produtor só poderá ser assistido por uma certificadora, e deverá ser vistoriado a cada 180 dias. Confinamentos serão vistoriados a cada 60 dias (em confinamentos, só poderão ingressar animais rastreados).

O estabelecimento aprovado deverá manter um livro de registro, onde constarão: controle de eventos zoossanitários, controle de eventos fitossanitários e controle de insumos utilizados na produção. Além disso, deve manter protocolo declaratório de produção e documento de inventário dos animais.

Otavio Negrelli, Equipe BeefPoint, com informações da Instrução Normativa Nº 017, de 13 de julho de 2006

0 Comments

  1. fabio borges fanfa disse:

    Chegou o momento do pecuarista tomar a sua decisão e optar pelo futuro de seu rebanho. Com as novas mudanças estará mais difícil ao pecuarista cumprir as regras da rastreabilidade, mas o consumidor final (UE e demais países) terá mais confiança no produto brasileiro e um real aumento de compra. Talvez tenhamos uma futura falta de animais rastreados e um aumento de preços em favor do pecuarista.

  2. Maria Emilia Coimbra Bueno Pereira disse:

    Prezados Investidores Rurais

    Após ler as novas Normas do novo Sisbov, à serem adotadas pelos investidores rurais, compreendo por que motivo os investimentos estão deixando a pecuária, a conseqüente redução de empregos no campo, e a queda de vendas da cadeia produtiva, como por exemplo, o setor de máquinas e implementos voltados para a agropecuária.

    Aqueles que continuam no mercado sabem que o custo de produção de uma @ triplicou, e o produto final, a arroba do boi, só diminuiu. Acredito que devemos ter um controle rigoroso das zoonoses. Entretanto, o novo Sisbov exige o preenchimento de quinze formulários por animal, a manutenção de livros de movimentação do plantel, vistorias periódicas por técnicos credenciados. Mais custos que deverão ser absorvidos pelos pecuaristas, e que provavelmente não serão repostos na venda do plantel. E tudo isso para facilitar o comércio para quem?

    Vale a pena entrar no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (www.agricultura.gov.br), uma vez no site leve o cursor do mouse, no menu principal, até legislação, e escolha a opção SISLEGIS. No espaço reservado a busca livre digite Sisbov, e tecle em consultar. Como resultado o site fornecerá 32 registros com referência ao Sisbov. Desta forma o pecuarista poderá conhecer com detalhes o novo sistema de rastreamento.

    Entretanto, cabe ressaltar que dos 32 registros mencionados, 17 referem-se a credenciamento de empresas certificadoras do Sisbov.

    Portanto, só não foram apresentado os benefícios para o investidor rural, que mais do que nunca está coberto de motivos para retirar ainda mais os investimentos da pecuária para aplicá-los em outra área, mais rentável.

    É isso aí companheiros ! Boa Sorte para todos.
    Atenciosamente
    Maria Emilia Coimbra Bueno Pereira

  3. Eduardo Penteado Cardoso disse:

    Não li a nova portaria do Sibov, mas, pelo que pude depreender, as fazendas credenciadas deverão ter todos os animais rastreados.

    Como ficam as fazendas de cria ou de genética, que descartam vacas ou machos jovens para abate? No meu caso em particular, costumo abater vacas com problemas de fertilidade e que têm pesado 16-17@ a pasto. Os machos que não têm padrão para touros são castrados e engordados.

    Acontece que esses animais representam parte do rebanho (15 a 20%), porém ajudam no meu fluxo de caixa; portanto, quanto mais valerem, melhor.

    Só que tenho que rastrear as demais 80 a 85% dos animais para me enquadrar nas Normas. Quanto isso vai me custar? Será que vale à pena?

    O Brasil é mesmo muito esquisito: com todo esse potencial de explorar a fundo a pecuária do pasto, nossos burocratas inventam “no joelho” normas completamente fora da realidade que, além de quase inviáveis, contribuem para aumentar mais ainda os nossos custos de produção.

    Parece o samba do crioulo doido.
    Eduardo Penteado Cardoso
    Fazenda Mundo Novo
    Uberaba/MG