Com 2.081 fazendas a menos na listagem de propriedades aptas a exportar à União Européia (UE), o governo deve enviar a lista ao bloco no dia 14. Segundo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, as fazendas cortadas apresentavam deficiências burocráticas ou pequenas falhas.
Com 2.081 fazendas a menos na listagem de propriedades aptas a exportar à União Européia (UE), o governo deve enviar a lista ao bloco no dia 14. Segundo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, as fazendas cortadas apresentavam deficiências burocráticas ou pequenas falhas como a ausência de alguns documentos, a inexistência de notas fiscais e a falta do número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) dos donos de alguns rebanhos.
Apesar disso, o total incluso na nova lista, 600, ainda está muito acima do defendido pelas autoridades européias, que pediram uma lista com apenas 300 propriedades.
Stephanes, no entanto, disse estar otimista em relação à aceitação da nova listagem. “Acreditamos que, com toda a documentação em ordem, a UE aceitará a nova lista”, afirmou, após reunir-se com secretários de agricultura de cinco estados exportadores de carne.
Fontes da iniciativa privada avaliaram que há uma estratégia comercial por trás dessa decisão, pois as 300 fazendas pedidas pelo bloco não teriam condições de atender à demanda dos países do bloco, que gastaram US$ 146 milhões com compras de carne brasileira em janeiro deste ano.
A aceitação da nova lista é o primeiro passo para a reabertura do mercado da UE para a carne brasileira, informou notícia de Fabíola Salvador, do jornal O Estado de S.Paulo.
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Há dois pontos neste caso.
Um é o fato de que a UE realmente não atenderá suas demandas com 300 nem com 600 fazendas, o que mostra a falta de conhecimento deles sobre nossos sistemas e deixa claro que não há simplesmente uma preocupação com a segurança alimentar da população.
Por outro lado, é irresponsável da parte do Mapa “escolher” 20% das fazendas aprovadas com o critério “nessa tem CPF e nessa não”. Absurdo.
Necessário é propor mudanças no SISBOV de acordo com as características dos nossos sistemas, e não simplesmente moldar o SISBOV como os europeus fazem a rastreabilidade deles. Comissões de técnicos e pesquisadores, conhecedores dos nossos sistemas, deveriam ser montadas e realizariam estudos que concluissem o melhor modelo para nós, de forma que assegurasse transparência no quesito sanitário e que não prejudicasse tão drasticamente o funcionamento das fazendas.
Está na hora do brasileiro ser pró-ativo, mostrar que tem condições de produzir essa carne com eficiência e segurança, para não deixar margem a qualquer condição de barganha comercial absurda.
E também está na hora dos pecuaristas darem um basta à certas estratégias dos frigoríficos.
Se a indústria não quer ser aliada dos pecuaristas, então é preciso fazer uma queda de braço de igual para igual. Não adianta só ficarmos vendo sites de informação da carne e técnicos estudiosos de mercado dizendo que há exploração, cartel ou seja o que for, é preciso entender que todos estamos no mesmo barco (inclusive os frigoríficos) e que o sistema deve ser equilibrado, desde o criador até a gôndola do supermercado. A era do ganha-ganha tem que acabar.
Este é o nosso órgão máximo!
Ou a propriedade está apta a exportar ou não está.
O que não pode são nossas autoridades mudarem de idéia simplesmente porque não agradou a UE.
Desta maneira nunca teremos uma “rastreabilidade” séria.
Parabéns!
Acho que está errado mandar a relação de apenas 600 propriedades.
Estariam confessando que a primeira seleção foi mal feita e acredito que estas propriedades não seriam suficientes para atender a demanda, a não ser que tenham sido escolhidas as maiores propriedades do Brasil.
Deveria ser publicado os critérios utilizados para a escolha destas 600 propriedades.
Para a carne bovina ser sadia, não é preciso colocar brincos em todo o rebanho nacional. Tem que haver seriedade entre todos os envolvidos na cadeia produtiva da carne, desde o criador até o terminador, em perfeita consonância com os órgãos sanitários do governo e com os frigorificos exportadores.
Todos temos que ter, isto sim, nossas propriedades rastreadas com total transparência por todos os seguimentos da cadeia, como também os frigorificos, e que estes tomem consciência que nós pecuaristas somos seus parceiros e que nos remunerem ao preço justo de mercado e não fiquem plantando terrorismo nos mercados físico e futuro, sempre especulando com o preço da @ para levarem vantagem.
É inacreditável que no Brasil todo, existam apenas 600 ou 2000 fazendas que produzam carne no padrão exigidos pela UE.
Será o retorno da LEI DO GERSON?
Saudações a todos ruralistas.
Amigos produtores, na minha opinião vai ser muito difícil fazer rastreabilidade aqui no Brasil, pois a primeira tentativa imposta foi uma vergonha, vendia-se brincos de rastreabilidade para os produtores pelos próprios frigorificos e agora no ERAS, outra medida também imposta pela UE, que deve ser algum órgão brasileiro, que desconheço ou algum órgão internacional que diz quais as propriedades de cada país podem ou não exportar para ela própria.
Acho eu que os frigorificos brasileiros que tem plantas fora do paí atenderão esse mercado e que o Brasil ficará com o mercado interno e exportará para paises fora do bloco da UE e ai poderá sim ter uma rastreabilidade muito, mas muito mais compativel com nossa realidade.
Toda essa baderna só serve para por em cheque a idoneidade do MAPA. Como passam uma lista com 2.681 fazendas, e depois falam que dessas, somente 600 estão com tudo em ordem? E as outras 2.081? Por que foram passadas na primeira lista e depois retiradas? Quem fez essas auditorias?
Como a UE pode dar crédito a uma lambança dessas? Primeiro está tudo em ordem e depois, sem mais nem menos, tiram 2.081 fazendas porque não estavam corretas?
Infelizmente faltam homens sérios e de pulso em nosso governo.
Estão dando a mão a palmatória, eles enviaram uma lista de 2600 fazendas, agora falam que algumas tem deficiências. Mas é a mesma coisa, acham que eles vão engolir o que nós queremos, tá dificil hein companheiros. Com a administração do Mapa desse jeito quem acredita neles mais, o que vai ser dos pecuarista, das certificadoras e dos funcionários.
Mais um motivo para me envergonhar de nossos governantes. Dessa forma, nunca de fato seremos líderes.
É uma vergonha ver o Mapa se curvar diante da falsidade dos fazendeiros irlandeses.
É preciso ter força e coragem diplomática para enfrentar estes radicais da UE.
Este novo sisbov é uma excrescência imposta por gente que não conhece a nossa terra, o nosso povo e o nível de desenvolvimento da pecuária brasileira, sem dúvida uma das mais desenvolvidas do mundo.
Senhores do Mapa, vocês estão perdidos, não sabem o que fazer.
Vamos em frente temos a melhor carne do mundo e as melhores condições de produzí-la. Me desculpem os negociadores brasileiros que protegem mais os estrangeiros do que nosso magnifico produto, bom em um pais cujo a garafa de água mineral é mais cara que um litro de leite, o que podemos esperar da politica agropecuária. Somente nos resta os corajosos produtores que levam a sério o seu trabalho no dia a dia e que alavancam a economia do país.
Faço um apelo a junto a CNA, através de nossos representantes, para que entrem com uma ação judicial embargando esta suposta lista, com liminar impedindo o envio desta lista a UE.
Ao enviar esta nova lista, estará confirmada a total desonestidade dos representantes públicos e dos produtores rurais em tentar vender, principalmente, sanidade que hora dissemos ter, e que agora estaremos confessando no minimo não ter.
Por favor, CNA, não deixe que nossa pouca credibilidade conquistada com muito trabalho, venha a diminuir.
Se as propriedades excluídas agora é porque não estavam ok. Porque soltar uma lista mentirosa?
Se a cada visita dos técnicos da UE e ameaças de embargo ou embargos de fato o Mapa “arrumar” os números apresentados anteriormente, só estará munindo os europeus de que nós realmente só temos rastreabilidade de papel, que nada funciona como deveria ser.
E este “arrumar” só mostra que nem o nosso órgão fiscalizador está apto a operar o nosso sistema de rastreabilidade, já que este último levantamento foi feito por eles.
Então, chega de jogar a culpa em cima do produtor, chega de dizer que são os produtores os incompetentes, pois a atitude do nosso magnífico Ministro é a assinatura de incompetência do pessoal do MAPA.
Gostaria de obter uma resposta a respeito desta lista. Quem estiver fora das 600 propriedades deixam de vez de rastrear ou terá “agora” um critério para aumentar e/ou subsituir estas fazendas gradativamente?
Como eles podem pedir embargos ao Brasil, baseando-se no sacrifício que seus pequenos produtores estariam passando e sacrificar os nossos milhares de produtores que ficaram fora dos 600?
É muita baboseira e muita falta de competência (ou seriam interesses ocultos?)!
Se as propriedades em questão estavam com algum tipo de problema, porque então foram incluidas na lista?
Sem palavras para uma atitude dessa!
Agora o que fazem todos produtores que aderiram ao ERAS? O que fazer com todo esse investimento?
Lamentável!
Diante de uma imbecilidade destas, convido todos os pecuaristas que tiveram sua avaliação “conforme” quando da 1ª vistoria e não tiveram sua fazenda incluída na “lista abençoada” de 600 fazendas a impetrarem mandato de segurança individual ou coletivo contra o MAPA para terem a garantia de estarmos “in”.
Quem de vocês teve acesso à 1ª lista? Qual foi a satisfação dada pelo MAPA ou órgão de defesa estadual quanto ao resultado final da auditoria, a não ser o relatório deixado na ocasião da mesma? O MAPA tem obrigação de fornecer a lista e torná-la pública (a primeira e a segunda).
Porque a FAEG (em Goiás) ainda não se posicionou de forma contundente, inclusive através de mecanismos jurídicos para melhor informar os pecuaristas? Ou o jeito é engulir goela abaixo R$ 10,00 a menos/@, num ano que muitos “especialistas” alardearam como aquele que seria o redentor de tantos anos de prejuízo. Isto sem falar no preço do sal mineral, que nos noventa dias subiu mais de 40% (então, de que adiantou a alta de cerca de 37% na @?)
Um grande e solidário abraço,
Concordo com o que o Jadir Fernandes diz. Temos acesso a esses critérios que o Mapa utilizou na primeira e na segunda vez na seleção das propriedades? Se não temos, deveríamos ter. Porque a UE selecionou apenas 300 propriedades? Quem as indicou? Ou eles vistoriaram todas as propriedades do Brasil que são atualmente certificadas? Se sim, porque então pediram ao Brasil uma lista, se eles mesmos já esperavam esse número? Quem definiu os critérios adotados para seleção? UE ou o próprio Brasil?
Sinceramente, toda essa falta de transparência é inquietante e indigna com o povo brasileiro, principalmente os produres rurais que são sérios e dão duro ao produzir, tentando todos os anos driblar impostos e más leis, para sobreviver. As notícias que chegam a nós são parcias e superficiais. Isso tudo é lamentável.
Essa decisão é um atestado público de que a UE estava certa e o Mapa errado. Era tudo que eles precisavam para continuar com o embargo. Afinal, quem garante que as 600 que restaram estão corretas?
Quanta incompetência!
Brasil! Vamos acordar!
Mesmo que nossos animais sejam abatidos no fundo do quintal nossa carne é melhor, mais sadia, mais gostosa e mais verde, pois a nossa alimentação é natural.
Agora o que não se pode, é desvalorizar uma propriedade por causa do CPF. Ninguém é bobo, se querem avacalhar vejam os confinamentos, porque eles foram aprovados na lista. Eles compram os brincos antes de ter os animais.
Bela rastreabilidade essa que inventaram.
ERAS = já era.
Informo a todos que os grandes frigorificos, são donos ´´ou tem contrato de compra´´ com os grandes confinamentos, que faram o melhor negócio.
Por que já estão na lista de aprovados.
Reaje Brasil!
Terrível. O Mapa passa recibo de incompetência e falta de seriedade. Num primeiro momento nos pareceu que não se dobraria às exigencias da União Europeia. Ou pelo menos não correria o risco político de eleger 300 propriedades dentre um universo tão grande.
Ledo engano, blefou e afinou. Falta seriedade e experiência em negociação, se a outra parte desconfiava que nossos representantes não eram sérios, agora tem certesa.
Aliás o governo está perdendo grande oportunidade de pular fora deste “imbroglio”, passou da hora de notificar a UE, que considera as exigências dela um problema extritamente comercial, e como tal, deve ser tratado a nível de empresas. Deve continuar cuidando da sanidade de nosso rebanho, que não deixa de ser um patrimonio nacional, estimulando e fiscalizando as vacinações (aftosa, brucelose, etc.) e o trânsito dos animais. Quanto a rastreabilidade e todas as demais exigências que isto implica, deveria estar no ambito das negociações com as empresas. Se são necessarias para o consumidor europeu deveriam, as empresas importadoras européias (estas sim devem obediência à Autoridade Européia) buscar, no mercado brasileiro, empresas exportadoras que atendam estes requisitos.
Isto seria possível através de convênios com programas já existentes (tipo Eurepegap) e outros que poderiam ser implantados. E, principalmente, pagar por isso.
Caro Gustavo Costa Tiveron, concordo com você, o Mapa está a cada dia perdendo mais ainda seu crédito, se é que tem como perder o que não se tem.
A verdade é que não conhecem e nunca conheceram a pecuária brasileira, é muito difícil falar em 300 fazendas ou 600 no Brasil. Para se ter uma idéia, trabalho com rastreabilidade desde que começou essa coisa, estou numa região relativamente pequena e tenho mais de 220 propriedades cadastradas no antigo SISBOV e pouco mais de 80 passaram para o ERAS.
E o mapa vem falar nesse mísero número. Lamentável.
Ainda não sou invernista de boi, sou um pequeno produtor de leite, mas estou indignado com o que está acontecendo, pois eramos nós, os produtores de leite, os considerados individualistas, e que não tinham união. Mas acabamos de ver uma realidade da pecuária brasileira, somos todos farinha do mesmo saco, na hora de ver o prejuízo aparecer em nossos bolsos, cada um toma um rumo ou juntam-se panelas para cada um individualmente salvar sua pele.
Até o momento, o ministro não entendeu as exigências da UE, mas o ministro também não disse qual os critérios adotado para fornecer uma lista, primeiramente com 300, depois com 600, mas ninguém sabe se realmente de cima para baixo ou se realmente quem se enquadra.
Abraços a todos.