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Mapa reforça a fiscalização contra “vaca louca”

O Mapa está reforçando os mecanismos de prevenção contra a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), a doença da “vaca louca”. A preocupação é o fornecimento de ração à base de proteína animal para os bovinos ou outros animais ruminantes. Esse tipo de ração é permitido para algumas espécies, mas proibida para ruminantes.

O Ministério instalou uma linha telefônica – 0800-611995 – para que os pecuaristas e produtores possam denunciar possíveis casos de fornecimento de ração à base de proteína animal para ruminantes. Ainda não foram registradas denúncias. Segundo o fiscal agropecuário Alexandre Orio Bastos, da delegacia regional do Ministério da Agricultura no Paraná, o ministério está fiscalizando as fábricas de rações.

Bastos não acredita que os pecuaristas utilizem a ração animal para dar ao rebanho, ”mas é sempre um canal aberto que precisa ser controlado”, afirmou. O fiscal enfatizou que o risco de se ter a doença no Brasil é baixo, mas em caso dela acontecer, ”a severidade é altíssima e o caos se instala”, destacou.

Outro fator que preocupa é que as autoridades sanitárias demoram a perceber a doença, que pode se manter incubada por até dez anos. ”Por isso, a prevenção é o melhor remédio”, acentuou.

Na ração fornecida aos bovinos no Brasil prevalece o farelo de soja, de onde surgiu a conotação ”Boi Verde”. Por causa desse tipo de alimentação e da preocupação com a questão sanitária, a carne brasileira passou a ser mais valorizada no mercado externo o que justifica os saltos de exportação de carne ocorridos nos últimos dois anos.

No vácuo da doença da “vaca louca” na Europa e Canadá, o Brasil superou a Austrália nas exportações e passou a ser o maior exportador de carne bovina do mundo.

No ano passado exportou 1,23 milhão de toneladas de carne e faturou US$ 2,54 bilhões, um aumento de 52% em volume e de 65% em faturamento em relação a 2003.

Fonte: Folha de Londrina/PR (por Vânia Casado), adaptado por Equipe BeefPoint

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