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30 de maio de 2012
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Status insignificante para vaca-louca reabrirá mercados para exportação

Na avaliação do diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques, o reconhecimento pela OIE comprova a credibilidade do serviço sanitário brasileiro – apenas 19 países detêm o mesmo status sanitário – e favorecerá, inclusive, futuras negociações com novos mercados.

A classificação do Brasil como região de risco insignificante em relação à doença da vaca louca (Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB), anunciada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês) na última semana, permitirá que o país retome as exportações para países que restringem a compra de produtos brasileiros. Na avaliação do diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Guilherme Marques, o reconhecimento pela OIE comprova a credibilidade do serviço sanitário brasileiro – apenas 19 países detêm o mesmo status sanitário – e favorecerá, inclusive, futuras negociações com novos mercados.

Marques explicou que o reconhecimento internacional do novo status resulta de um trabalho iniciado pela Defesa Agropecuária em 2001, que exigiu investimentos de setores como o de graxaria, que processa resíduos dos frigoríficos.

Segundo ele, o Banco do Brasil liberou cerca de R$ 500 milhões a juros subsidiados para que as graxarias pudessem investir em esterilizadores que afastam o risco da doença. As graxarias fabricam farinhas utilizadas como ração para aves, suínos e animais domésticos, além de óleos e outros subprodutos de origem animal. Em função do risco da vaca louca, o uso de proteína animal na fabricação de ração para bovinos é proibido no Brasil, apesar de grande parte do rebanho ser alimentada a pasto.

O avanço sanitário abrirá caminho, principalmente, para a venda de tripas bovinas para a União Européia. A abertura do mercado europeu irá gerar um ganho maior para os frigoríficos brasileiros, que no ano passado exportaram 69 mil toneladas de tripas bovinas e faturaram US$ 271,8 milhões. O principal mercado foi Hong Kong, para onde foram exportadas 45,9 mil toneladas, que renderam US$ 156 milhões. O segundo mercado é a Rússia, com importações de 8,6 mil toneladas e US$ 46,1 milhões no ano passado.

O comércio de carnes para o Egito e a Tunísia, por exemplo, também deverá ser beneficiado, além das negociações de animais vivos para países com o mesmo status na América do Sul, como Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai.

Outra conquista importante para o Brasil – anunciada durante a 80ª Sessão Geral da Assembléia Mundial de Delegados da entidade – foi a eleição do diretor do DSA como vice-presidente da Comissão Regional da OIE no continente americano e a reeleição do coordenador-geral de Apoio Laboratorial (CGAL) do MAPA, Jorge Caetano Júnior, como membro da Comissão do Código Terrestre da OIE. Além de reconhecer o status dos países para doenças como peste bovina, febre aftosa e vaca louca, a OIE passará a classificá-los em relação à peste suína clássica a partir de 2013.

Fonte: MAPA, Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

1 Comment

  1. Hermenegildo A. Villaça disse:

    Isto só será benefico para o Brasil,se houver rigor na FISCALIZAÇÃO sanitária,

    sobretudo no consumo de cama de frango, importação de embrioes,gado em pé,

    dentre outras medidas.A fiscalização deve ter seus agentes bem remunerados para

    evitar subornos,notadamente os veterinários.