Desde o inicio de 2007 a União Européia vêm solicitando que o Brasil tome providência para adequar os controles sanitários e de rastreabilidade de bovinos às exigências do bloco, e assim evitasse a suspensão das exportações de carne bovina in natura para a Europa. Segundo reportagem de Adriana Vasconcelos, do jornal o Globo, a UE enviou relatórios e documentos de advertência elaborados pelo FVO (Food and Veterinary Office) e outros órgãos da UE, que foram ignorados pelo Mapa.
Desde o inicio de 2007 a União Européia vêm solicitando que o Brasil tome providência para adequar os controles sanitários e de rastreabilidade de bovinos às exigências do bloco, e assim evitasse a suspensão das exportações de carne bovina in natura para a Europa. Segundo reportagem de Adriana Vasconcelos, do jornal o Globo, a UE enviou relatórios e documentos de advertência elaborados pelo FVO (Food and Veterinary Office) e outros órgãos da UE, que foram ignorados pelo Mapa.
Em 2007 A embaixadora Maria Celina de Azevedo Rodrigues, chefe da missão do Brasil junto às comunidades européias, também alertou sobre a gravidade do problema e reiterou o alerta da Diretoria Geral de Saúde e Defesa do Consumidor (DG-Sanco) da UE, “não posso deixar de reiterar que considero o quadro extremamente grave. O não atendimento das recomendações do FVO põe em risco a manutenção do acesso da carne bovina brasileira ao mercado comunitário”.
“Lembro que o lado europeu ressaltou que os pontos cobrados pelo FVO já foram acordados anteriormente com o Ministério da Agricultura em diversas ocasiões. Assim, a missão do FVO não terá alternativa senão interromper as importações de carne bovina do Brasil casos os aspectos ´cruciais´ não tiverem sido atendidos”, continuou Maria Celina de Azevedo Rodrigues.
O secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, esteve na semana passada em Bruxelas em reunião com as autoridades européias para discutir a lista de propriedades auditadas pelo Mapa e os critérios que serão usados pelos técnicos europeus que farão as vistorias, nas fazendas consideradas aptas a exportar, no final de fevereiro.
A iniciativa, porém, não teve o aval da embaixadora Maria Celina, que se recusou a acompanhar Kroetz sob o argumento de que o Ministério da Agricultura teria perdido sua credibilidade junto às autoridades européias ao ignorar as inúmeras advertências feitas.
Para o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), faltou ao ministro Stephanes “coragem” para reagir e tentar reduzir as exigências da UE após as primeiras ameaças de boicote, “Não se pode usar artifícios sanitários para fazer política protecionista”, comentou Caiado.
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As coisas ficam cada vez mais claras, a ineficácia, irresponsabilidade dos dirigentes do MAPA, cujo maior executivo, o Sr. Ministro, veio a público reconhecer que enviaram carnes de animais não rastreados à UE, são claros sinais de que a SDA precisa se livrar de vez do fisiologismo político na escolha dos responsáveis pela fiscalização dos alimentos, inclusive nas Superintedências Estaduais.
O Dep. Caiado também poderia ter poupado palavras, não precisamos de homens corajosos para tentar “reduzir” exigências embasadas, o descontrole é tão grande que propriedades foram incluídas nas listas de fazendas só para agradar alguns políticos.
Precisamos de “homens de coragem” e capazes de entender que, após o surgimento de várias doenças e algumas variantes bacterianas e viróticas de alta patogenicidade, o mundo todo etá em alerta na tentativa de se livrarem de possíveis surtos e que a lei de Gérson deve ser abolida.
Já passou da hora das “patriotadas”.
Desde o princípio o Sisbov esteve voltado em defender o consumidor face ao acontecimento da “vaca louca” provada pela advertência feita pela diretora-geral adjunta de Saúde e Defesa do Consumidor da EU, Paola Testori Coggi e nunca foi com a visão voltada ao sistema produtivo.
Em muitas reuniões, seminários, cursos e palestra falou-se muito que o Sisbov é constituído de: Identificação, Certificação e Rastreamento em que a identificação nada mais é do que o número de identificação animal denominado de Documento de Identificação Animal – DIA; a Certificação é a ficha onde são anotados os procedimentos ou eventos ocorridos do nascimento ao abate, que tecnicamente quase todos os produtores tem em anotações e controle de produção; e finalmente a rastreabilidade é fazer com que através do número de identificação animal por meio eletrônico ou digital possa acessar as informações contidas na Certificação, cujas informações de caráter técnico em condições de fornecer subsídios para tomada de decisões.
Erros cometidos:
1- faltou um sistema ou programa de computador capaz de registrar a identificação com respectivas informações dos procedimentos e ações higiênico, sanitário e alimentar individual, para cada animal, disponibilizado pela internet;
2- faltou no MAPA profissional capacitado para executar auditoria no sistema com conhecimento do sistema produtivo;
3- Faltou profissional no MAPA com experiência que fizesse adequação tecnológica capaz de executar as ações preconizadas pelas primeiras Instruções Normativas da implantação do SISBOV;
4- faltaram profissionais capazes de proporcionar treinamentos para os certificadores com conhecimentos das ações e procedimentos higiênicos, sanitários da produção e de informáticas;
5- e finalmente faltou um pouco de humildade na equipe do SISBOV quando do alerta levantado pelos profissionais conhecedores do assunto em reuniões e seminários.
É preciso entender que quando se produz bens de consumo público é necessário respeitar a segurança e inocuidade ao consumo.