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Mapa treinará técnicos para ´´abate humanitário´´

Os frigoríficos brasileiros vão receber treinamento para evitar maus-tratos aos animais de corte. Como se tornam, cada vez mais, uma exigência dos importadores de carne, os programas de abate humanitário devem ganhar espaço entre frigoríficos de diversos portes.

Os frigoríficos brasileiros vão receber treinamento para evitar maus-tratos aos animais de corte. Como se tornam, cada vez mais, uma exigência dos importadores de carne, os programas de abate humanitário – realizado de forma a minimizar o sofrimento dos animais – devem ganhar espaço entre frigoríficos de diversos portes.

Um convênio assinado entre o Ministério da Agricultura, entidades do setor de carnes e a Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) já começou a treinar fiscais para inspecionar e treinar produtores de carne bovina, suína e de frangos no país.

“A questão do abate humanitário vem ganhando espaço, e queremos antecipar a demanda dos consumidores mais exigentes. Isso pode ser a chave para a competitividade no futuro”, diz Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs, entidade que representa os produtores de carne suína. A idéia é que o setor produtivo se antecipe a futuras barreiras não-tarifárias ao produto brasileiro.

Entre os exportadores de carne bovina, as questões de bem-estar animal já vêm sendo observadas. Pressionados por consumidores e entidades de defesa dos animais, as cadeias de fast food e supermercados europeus começaram a exigir o selo de “bem-estar animal” na carne que compram do Brasil. Isso fez com que grandes grupos, como Marfrig, Bertin, Seara e Perdigão, estruturassem áreas inteiras só para cuidar do assunto.

“Cada uma de nossas unidades tem um técnico treinado em bem-estar animal, com o objetivo de reduzir o stress e sofrimento dos animais”, diz Bassem Akl Akl, diretor-técnico do Marfrig. A rede Tesco, do Reino Unido, só compra carne com essa garantia e envia esporadicamente auditores para verificar as condições de produção e abate no Brasil.

A empresa de alimentos Braslo, principal fornecedora de produtos de carne para as redes McDonald´s e Outback, passou a exigir esse compromisso dos fornecedores em 1999, e ajudou a propagar o movimento no País. “O bem-estar animal veio na esteira de outras exigências como segurança alimentar, rastreabilidade e boas práticas ambientais”, diz Roberto Ruban, diretor-geral da Braslo. “Hoje virou uma questão comercial”, diz.

A matéria é de Andrea Vialli, publicada no jornal O Estado de S.Paulo.

0 Comments

  1. Alexandre Azambuja Costa disse:

    Como conhecedor do assunto “Manejo para o Bem-Estar em Bovinocultura de Corte”, estou certo que tais conceitos deverão ser estendidos, urgentemente, às pessoas que são incumbidas de manejarem os animais nas propriedade rurais.

    Não é possível que deixemos “pessoas destreinadas” a executarem manejos com os animais, sem utilizarem um mínimo de raciocínio para efetuarem tais tarefas.

    Os animais irão agradecer. E, nós, iremos degustar uma carne mais saborosa, macia e suculenta.

    Façamos uma mobilização em prol do Bem-Estar Animal, conscientizando não só os empregados como, também, os proprietários rurais.

  2. Fabio Salinet disse:

    Boa tarde, concordo com o Bassem sobre que a Marfrig tem um tecnico responsável por cada unidade, alem de que a Marfrig investe muito neste setor, mas na minha opinião o problema realmente está localizado no produtor rural, não em geral, mas que ainda não entendeu os beneficios da lida dos animais utilizando estes conceitos de lida humanitaria, por isso criam verdadeiras feras, onde no Frigorifico, os mesmos travam um verdadeira luta com os funcionários. Sendo as vezes impossivel praticar as boas regras, mas sempre usando o bom senso.

    Alem do que o treinamento é sempre bem vindo, mas acredito que veio tarde, pois deveria ter sido feito, quando os primeiros veterinarios novos entraram via concurso, pois hoje, ja pegaram os vicios pre existentes.

    Mas como o ditado, ” ANTES TARDE DO QUE NUNCA..”.