Missão com técnicos da Coordenação-Geral de Apoio Laboratorial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) irá aos Estados Unidos, no período de 21 a 25 de junho, para discutir a metodologia aplicada no país na análise de carne bovina processada exportada para aquele mercado. A decisão foi tomada durante reunião dos técnicos do Ministério da Agricultura com representantes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês), em Washington, nos dias 7 e 8 de junho, que debateu o controle do uso de ivermectina usada na carne destinada ao país.
Missão com técnicos da Coordenação-Geral de Apoio Laboratorial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) irá aos Estados Unidos, no período de 21 a 25 de junho, para discutir a metodologia aplicada no país na análise de carne bovina processada exportada para aquele mercado. A decisão foi tomada durante reunião dos técnicos do Ministério da Agricultura com representantes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês), em Washington, nos dias 7 e 8 de junho, que debateu o controle do uso de ivermectina usada na carne destinada ao país.
“Na próxima missão, os profissionais visitarão um laboratório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, em Athens (Geórgia), para trocar experiências. No nosso País, o controle de resíduos de ivermectina é realizado no fígado dos animais e os americanos verificam esse quesito na carne industrializada”, explica o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Nelmon Oliveira da Costa.
Diante das notificações recebidas pelos Estados Unidos sobre a violação do nível de ivermectina permitido pela legislação americana, o Ministério da Agricultura elaborou um plano de ação. O objetivo é reforçar a fiscalização e o monitoramento desse resíduo na carne bovina. Entre as medidas estão a ampliação do número de testes em amostras na matéria-prima, declarações formais dos fornecedores sobre o uso correto da medicação que contém ivermectina e o destaque para os prazos de carência, que devem ser obedecidos para o abate do gado, após ter usado o medicamento.
“Além disso, vamos promover campanhas de educação sanitária sobre o uso de drogas veterinárias em propriedades rurais envolvendo associações de produtores, indústrias frigoríficas, farmacêuticas, bem como órgãos oficiais”, ressalta o secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim.
De acordo com Costa, o retorno das exportações de carne bovina processada ao mercado americano dependerá da validação pelo Ministério da Agricultura dos Planos de Ação para monitoramento desse tipo de resíduo em cada estabelecimento produtor que exporta carne processada para aquele mercado.
“Queríamos ter reaberto o mercado imediatamente, mas estamos otimistas de que vamos alcançar isso na próxima semana”, disse o diretor de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Nelmon Oliveira.
A retomada das vendas deve ser auxiliada, ainda, pela pressão local do laboratório multinacional Merial e da própria JBS, que teve alguns lotes de carne rejeitados, mas é dono de várias plantas industriais nos EUA.
O Mapa ressaltou que a Ivermectina é uma substância de baixa toxicidade para o ser humano, usada na pecuária bovina para controle de parasitas internos e externos, sendo oficialmente aprovada para uso no Brasil e também nos Estados Unidos.
Marfrig e Minerva
Minerva e Marfrig solicitaram ontem ao governo brasileiro permissão para voltar a exportar carne bovina industrializada para os Estados Unidos. Os frigoríficos dizem que não foi detectada nenhuma infração em seus produtos e que não deviam ser punidos por problemas do concorrente JBS.
“No início, concordamos com uma suspensão total porque não sabíamos a origem do problema. Mas, agora, fizemos várias checagens e detectamos que o problema é individual”, disse Octávio Cançado, diretor da Associação Brasileira de Exportadores de Carne Bovina (Abiec), que representa Marfrig e Minerva. O JBS não faz parte.
Para o diretor de estratégia empresarial da JBS, Antonio Camardelli, o problema é sistêmico. “Foi detectado nas nossas amostras porque temos 70% do mercado. Se o Brasil não tivesse interrompido os embarques, também teria sido encontrado nos produtos dos outros.” Ele argumenta que o mesmo pecuarista vende seu boi para vários frigoríficos. “A única diferença é o preço. Os pecuaristas vendem para quem paga melhor na região, que normalmente tem plantas de vários concorrentes.”
O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), do Ministério da Agricultura, Nelmon Oliveira da Costa, disse que a avaliação dos governos brasileiro e americano é de que “não se trata de um problema isolado”.
As informações são do Mapa, Valor Econômico e jornal O Estado de S.Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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