A Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged) pedirá ajuda às polícias Militar e Rodoviária Federal para o combate à febre aftosa. As polícias apoiarão as blitzen que serão realizadas pela Aged, a partir de amanhã (15), para fiscalizar o transporte no Estado de animais suscetíveis à doença. Será exigida a Guia de Transporte Animal (GTA) para o transporte.
Esta é apenas uma das medidas tomadas para que o Maranhão pule mais uma etapa na classificação da aftosa. O Estado tem pressa e quer sair da condição de alto para médio risco até janeiro de 2004.
Neste mês, a Aged também ampliará as barreiras fitossanitárias. “Os animais que não tiverem atestado sanitário vão ser impedidos de entrar no Estado”, advertiu o diretor do órgão, Sebastião Anchieta.
O Maranhão instalou barreiras em Timon, Araióses, Barão de Grajaú, Alto do Parnaíba, Gurupi, Itinga, Estreito e São Luís. Também serão colocadas em funcionamento barreiras móveis, com utilização de vans, nos municípios de Barra do Corda, Viana, Balsas, Chapadinha, São João dos Patos e Zé Doca.
No próximo dia 20, a agência lançará a pré-campanha de vacinação contra a aftosa, a ser iniciada em 1º de novembro. O objetivo é mobilizar todos os criadores para vacinarem o rebanho durante a campanha que terá duração de 30 dias, sem prorrogação.
A meta é alcançar 100% do rebanho. Na última campanha, a cobertura atingiu 80%. O rebanho bovino maranhense está estimado em 4,8 milhões de animais.
A estrutura da Aged para combater a aftosa, atualmente, conta com 18 escritórios veterinários regionais, 105 de apoio, 170 médicos veterinários, 153 técnicos agropecuários, 126 carros e 125 motocicletas. A agência também reunirá revendedores de vacinas com o intuito de envolvê-los na campanha.
Até o fim do mês, um técnico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estará no Maranhão realizando uma pré-auditoria para avaliação dos trabalhos. Em dezembro, a Aged solicitará auditoria definitiva para avaliar se o Estado poderá enquadrar-se na classificação de médio risco.
Parceria
No dia 21, Maranhão e Piauí firmarão acordo sanitário no sentido de que os estados avancem juntos no programa de erradicação da doença.
O Piauí ainda se encontra na condição de risco desconhecido. A partir do acordo, eles pretendem trocar informações e experiências sobre atividades de sanidade vegetal e animal. O pacto prevê, entre outras coisas, a estruturação de barreiras sanitárias instaladas na divisa dos dois estados de forma conjunta, com divisão de responsabilidades e também de ônus. O Maranhão está propondo contribuir para a capacitação de técnicos do Piauí e vice-versa.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Franci Monteles), adaptado por Equipe BeefPoint