Em comunicado nesta segunda-feira, 27, o Marfrig informou a seus acionistas e ao mercado em geral a nova estrutura de sua organização, com sua nova unidade operacional, a Seara Foods e a realização de ajustes estruturais na Holding do Grupo e na Marfrig Beef, cuja criação já havia sido anunciada ao mercado em outubro de 2011.
Em comunicado nesta segunda-feira, 27, o Marfrig informou a seus acionistas e ao mercado em geral a nova estrutura de sua organização, aprovada pelo Conselho de Administração, com sua nova unidade operacional, a Seara Foods e a realização de ajustes estruturais na Holding do Grupo e na Marfrig Beef, cuja criação já havia sido anunciada ao mercado em outubro de 2011.
Segundo a empresa, “o objetivo da Seara Foods é garantir uma maior integração e, consequentemente, a criação de mais sinergias operacionais no segmento de aves, suínos e alimentos processados do Grupo – Seara, Moy Park e Keystone Foods – que continuarão operando com suas identidades próprias”. O CEO do Grupo Marfrig, Marcos Molina disse espera atingir de ganhos de sinergia entre R$ 230 milhões e R$ 330 milhões em conferência com analistas.
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As mudanças ocorrem após anos de uma estratégia agressiva de aquisições. Desde 2006, o grupo comprou 18 empresas no Brasil e no exterior. “Agora, nosso foco é gestão dos negócios, redução de custos e geração de caixa”, afirma Ricardo Florence, diretor de relações com investidores, que reconhece a complexidade do processo de integração das diversas culturas que compõem o grupo. A restruturação foi baseada em um estudo elaborado pela consultoria Bain & Company, que calculou os ganhos de sinergia tanto no segmento de bovinos quanto no de aves, suínos e alimentos processados.
Desde outubro de 2011, com a criação da Marfrig Beef, a companhia trabalha para unificar as operações de bovinos de Brasil, Argentina e Uruguai, responsáveis por 35% da receita do grupo. Conforme Florence, as unidades nos três países já integraram suas operações de exportação. No entanto, os respectivos mercados internos vão continuar a ser atendidos individualmente.
No caso das operações de aves, suínos e alimentos processados, cuja integração foi anunciada ontem, a divisão responsável será a recém-criada Seara Foods, sob o comando interino do CEO da Marfrig, Marcos Molina. A nova estrutura, que integra as operações da Seara Brasil, Keystone Foods e Moy Park, não implica a fusão das três empresas, que continuam existindo e operando com suas próprias identidades.
“Não estamos juntando as três divisões. Decidimos atacar essa sinergia por meio dos comitês colaborativos, que estão sendo formatados agora”, explicou David Palfenier, CEO da Seara Brasil. Juntas, Seara, Keystone e Moy Park respondem por 65% do faturamento da Marfrig, que no terceiro trimestre de 2011 chegou a R$ 5,5 bilhões.
Durante as discussões sobre o modelo de integração das operações, a fusão das três companhias foi descartada. “A Keystone é voltada ao food-service e a Seara ao varejo, e pretendemos manter esse tipo de foco nas divisões”, diz Palfenier. Segundo ele, “tentar uma fusão poderia trazer muitas dificuldades e demorar. Entendemos que o modelo de comitês é muito mais interessante”.
A Seara Foods contará com seis comitês responsáveis pela integração e geração de sinergias: Excelência Operacional e Supply Chain, Gestão de Talentos, Sinergia com Marfrig Beef, Resultados e Finanças, Comercial Europa e Contas Globais. Cada gestor terá uma meta a ser cumprida. “A maior responsabilização [dos executivos] favorece a captura de sinergias”, acrescenta Florence.
Nesse cenário, os ganhos de sinergia poderiam chegar a 25% do total esperado logo após o primeiro ano da nova estrutura (Seara Foods) e de seus comitês. Em três anos, estima Palfenier, os ganhos alcançariam 75%.
Fonte: Marfrig e jornal Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.