Com as fábricas que serão assumidas, a Seara Brasil mais que dobrará de capacidade, passando das 34,3 mil toneladas anteriores à incorporação dos novos ativos para 72,3 mil toneladas. A Seara elevará sua capacidade diária de abate de frangos de 2,5 milhões para 3 milhões, e a de suínos de 11,2 mil toneladas para 13,7 mil toneladas.
Quase dois meses após assumir as primeiras unidades previstas no acordo de troca de ativos com a BRF – Brasil Foods, a Marfrig começou a capturar um potencial até então represado de sua principal divisão no país, a Seara Brasil, num processo que pode agregar até R$ 1,7 bilhão por ano ao seu faturamento. À espera da nova capacidade produtiva desde o fim do ano passado, quando o acordo com a BRF foi anunciado, a empresa já atingiu a capacidade máxima de produção de pizza e presunto.
Depois de receber três fábricas em junho e outras cinco no início deste mês, a Seara Brasil assumirá as duas últimas fábricas previstas no acordo. As dez unidades integram o conjunto de ativos – que incluem ainda oito centros de distribuição e 13 marcas – que a BRF precisou vender para que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizasse sua criação, fruto da incorporação da Sadia pela Perdigão, em 2009.
Com as fábricas que serão assumidas, a Seara Brasil mais que dobrará de capacidade, passando das 34,3 mil toneladas anteriores à incorporação dos novos ativos para 72,3 mil toneladas. A Seara elevará sua capacidade diária de abate de frangos de 2,5 milhões para 3 milhões, e a de suínos de 11,2 mil toneladas para 13,7 mil toneladas.
Em 2011, a Seara Foods, divisão que inclui a Seara Brasil, registrou receita líquida de R$ 14,2 bilhões. A Seara Brasil é responsável por 60% desse faturamento. Ao todo, a Marfrig apurou uma receita líquida de R$ 21,8 bilhões no ano passado. Se conseguir atingir as melhores expectativa, a companhia ampliará sua fatia no mercado de industrializados de carne de 9% para 21%.
Além de ganhar musculatura, a empresa fortalecerá sua estratégia de crescimento em alimentos processados, de maior valor agregado. Segundo Palfenier, os ativos comprados da BRF ampliam a participação dos processados no faturamento da empresa, passando de 52% para 63%. Os novos ativos também auxiliarão na recuperação de impostos. Isso porque 95% do volume produzido na estrutura da BRF é destinado ao mercado interno.
Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.