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Marfrig diz não estar negociando com o Independência

O diretor de planejamento e de relações com investidores da Marfrig Alimentos S.A., Ricardo Florence, emitiu um comunicado oficial na tarde de ontem, negando qualquer acordo ou negociação entre a empresa e o Frigorífico Independência, em resposta ao artigo publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo sob o título "Marfrig negocia a aquisição do Frigorífico Independência". O artigo informava que a Marfrig Alimentos continua planejando expandir sua atuação no segmento de carne bovina no Brasil, através da aquisição do Independência, que enfrenta um processo de recuperação judicial.

O diretor de planejamento e de relações com investidores da Marfrig Alimentos S.A., Ricardo Florence, emitiu um comunicado oficial na tarde de ontem, negando qualquer acordo ou negociação entre a empresa e o Frigorífico Independência, em resposta ao artigo publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo sob o título “Marfrig negocia a aquisição do Frigorífico Independência”.

O artigo informava que a Marfrig Alimentos continua planejando expandir sua atuação no segmento de carne bovina no Brasil, através da aquisição do Independência, que enfrenta um processo de recuperação judicial.

No entanto, uma eventual aquisição esbarra no alto endividamento da companhia, de R$ 3,5 bilhões, dos quais R$ 2 bilhões sem garantias. A concretização do negócio dependeria da aprovação do plano de recuperação judicial do Independência, que será apreciado em assembleia de credores na próxima segunda-feira. Segundo fontes do setor, as duas empresas estariam negociando enquanto esperam que o plano de recuperação seja aprovado.

Segundo a notícia do Estadão, o Marfrig não seria o único interessado no Independência: o Friboi também tem interesse caso o frigorífico consiga equacionar a questão do endividamento.

Hoje, o Independência tem sob sua administração 11 unidades de abate, das quais apenas duas estão em operação, uma em Janaúba (MG) e outra em Rolim de Moura (RO). Apesar de estar com sua operação bastante reduzida, as unidades do Independência são consideradas bem estruturadas e localizadas em regiões onde a pecuária tem forte presença. As duas unidades ainda em funcionamento têm juntas capacidade de abate de 1,9 mil cabeças por dia. Já a capacidade instalada total do Independência é de 9,3 mil cabeças por dia.

No entanto, de acordo com a matéria de Alexandre Inácio, a Marfrig não estaria interessada apenas na capacidade instalada do Independência. O negócio ainda envolveria os cinco armazéns, as três indústrias de couro, que juntas têm uma capacidade de beneficiamento de 10 mil peles por dia, e também as duas indústrias de carne seca, com capacidade de 1,7 mil toneladas por dia. Com isso, a Marfrig reforçaria a presença no setor bovino e entraria no mercado de couro no Brasil.

O fato de o Independência estar em recuperação judicial não seria um problema para o negócio. Segundo o advogado Eduardo Guerra, do escritório Guerra e Batista Advogados, uma empresa em recuperação pode ter parte de seus ativos vendidos ou ser integralmente negociada desde que haja uma aceitação por parte dos credores. “Isso pode ocorrer desde que o dinheiro da venda seja suficiente para pagar os passivos. Outra alternativa seria a incorporação da empresa em recuperação, incluindo seus ativos e passivos”, afirma Guerra.

O advogado lembra, no entanto, que no caso de uma venda integral, os juízes dificilmente aprovam o negócio antes que o plano de recuperação seja aprovado pela assembleia de credores. A compradora passa a assumir os ativos e cumprir o pagamento dos passivos de acordo com o que foi determinado pelo plano. “Em uma eventual falência, o patrimônio da empresa que já foi listado no plano pode ser automaticamente colocado à venda com uma determinação do juiz.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Graciela Negreiros Gomes disse:

    Nossa que noticias maravilhosa….se o Marfrig comprase mesmo o Independencia ele iria se espandir mais, e seria otimo pra todos nós do ramo…