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Marfrig eleva capacidade industrial visando demanda no final do ano

Atualmente, a capacidade de abate de bovinos da companhia é de 4,18 milhões de cabeças por ano. E somando as unidades localizadas na Argentina, Chile e Uruguai totaliza 5,4 milhões de cabeças ao ano. João Sampaio, vice-presidente de relações com investidores, ressalta que este crescimento no uso industrial é puxado especialmente pela firme demanda doméstica, uma vez que o mercado externo segue equilibrado.

A Marfrig está elevando o uso de sua capacidade instalada como forma de atender à crescente demanda interna, especialmente no segmento “food service”. A empresa informou que o uso da capacidade produtiva passou de 75% no início deste ano para 80% no momento. Incremento ocorreu ao mesmo tempo em que a empresa elevou a capacidade de abate, com a reativação de três unidades — Porto Murtinho (MS), Pirenópolis (GO) e Tucumã (PA).

Atualmente, a capacidade de abate de bovinos da companhia é de 4,18 milhões de cabeças por ano. E somando as unidades localizadas na Argentina, Chile e Uruguai totaliza 5,4 milhões de cabeças ao ano. João Sampaio, vice-presidente de relações com investidores, ressalta que este crescimento no uso industrial é puxado especialmente pela firme demanda doméstica, uma vez que o mercado externo segue equilibrado.

O resultado mais recente da companhia mostra que o segmento de processados da companhia aumentou sua participação na receita do grupo para 46,8 por cento no segundo trimestre deste ano, ante 36,8 por cento em igual período do ano passado. Segundo ele, este resultado tem levado a empresa a reforçar as operações deste segmento. “Decidimos ampliar o trabalho nisso, com incremento grande nesta linha e os resultados têm aparecido”, acrescentou.

Sampaio lembra ainda que o setor tradicionalmente é favorecido no quarto trimestre, com a entrada do 13o salário e o consumo maior de carnes durante o período de comemorações de fim de ano. Mas considera que o cenário é particularmente positivo para a empresa, por conta da marca Fiesta, que a Marfrig adquiriu da Brasil Foods. A permuta de ativos entre a Marfrig e Brasil Foods foi anunciada no final do ano passado. O órgão antitruste (Cade) aprovou a operação em maio deste ano e o processo de permuta ocorreu entre junho e agosto.

A despeito do cenário favorável, um dos fatores que deve estar no foco do setor nesta temporada é o aumento dos custos. O salto nos preços de grãos, que pressiona as margens de operações com aves e suínos, também pode afetar as atividades com bovinos. A expectativa inicial do setor era de preços mais baixos no segmento bovino, por conta de uma entrada maior de animais para abate, dando início a um ciclo de baixa dos valores. Contudo, a alta dos grãos está comprometendo o segundo turno do confinamento, período em que os animais são alimentados com ração para compensar o baixo potencial das pastagens no período da seca.

Fonte: Reuters, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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