Marfrig estuda comprar parte da BR Foods

Apontada como candidata natural à compra dos ativos da Brasil Foods colocados à venda por determinação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), a Marfrig Alimentos confirmou ontem que estuda o negócio. "Estou pensando ainda. Não posso falar a posição da empresa, mas estudamos as unidades", disse Marcos Molina, presidente da Marfrig. "Se realmente fizer sentido e tiver sinergias, arrumar o funding [investimento] não é problema. Tem bastante oferta de bancos para fazer esse funding", afirmou.

Apontada como candidata natural à compra dos ativos da Brasil Foods colocados à venda por determinação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), a Marfrig Alimentos confirmou ontem que estuda o negócio.

“Estou pensando ainda. Não posso falar a posição da empresa, mas estudamos as unidades”, disse Marcos Molina, presidente da Marfrig, dona da marca Seara.

Apesar de afirmar desconhecer o valor das unidades colocadas à venda, Molina diz que dinheiro não deve ser obstáculo à aquisição, caso os ativos realmente sejam avaliados como complementares ao seu negócio. “Se realmente [a operação] fizer sentido e tiver sinergias [ganho de eficiência], arrumar o funding [investimento] não é problema. Tem bastante oferta de bancos para fazer esse funding”, afirmou.

Segundo Molina, a crise que atingiu as Bolsas mundiais nas últimas semanas não afetou a liquidez do mercado bancário no país.

Ele também destacou que a Marfrig possui um caixa confortável e que a empresa está reduzindo o seu endividamento de curto prazo. Em maio, a empresa captou US$ 750 milhões com a emissão de títulos de dívida.

Para aprovar a fusão entre Sadia e Perdigão, o Cade obrigou a Brasil Foods a vender, a um só grupo, 10 fábricas, 4 abatedouros, 12 granjas, 4 fábricas da ração, 2 incubatórios de aves e 8 centros de distribuição. No mês passado, a BRF, que contratou o BTG Pactual para atuar como intermediário na operação, anunciou os nomes das unidades industriais que serão vendidas no segundo semestre de 2012.

Até lá, a Marfrig terá tempo para transformar em resultado suas últimas aquisições. Segundo Molina, a empresa deve se concentrar, neste semestre, em aprimorar as operações de unidades finalizadas na primeira metade do ano.

A matéria é de Tatiana Freitas, publicada na Folha de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Breno Augusto de Oliveira disse:

    Tem que estudar bem ,

    pois mais uma vez Cade foi ludibriado, pois estas plantas são elefantes brancos para antigos donos, por N motivos, que devem ser bem estudados, comprar é fácil manter é o grande X da questão!

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