Seguindo planos de expansão, o Marfrig está negociando a aquisição do frigorífico uruguaio Tacuarembó, que garantiria acesso ao mercado americano. Além disso, também está em avaliação a compra das plantas do Frigoclass, em Promissão (SP), e da Argentine Breeders & Packers (ABP), na Argentina, ambas empresas do britânico Terry Johnson.
Seguindo planos de expansão, o Marfrig está negociando a aquisição do frigorífico uruguaio Tacuarembó, que garantiria acesso ao mercado americano. Além disso, também está em avaliação a compra das plantas do Frigoclass, em Promissão (SP), e da Argentine Breeders & Packers (ABP), na Argentina, ambas empresas do britânico Terry Johnson.
Segundo o presidente do Marfrig, Marcos Molina, foi assinado um memorando de entendimentos com o Tacuarembó, mas a operação ainda não foi finalizada. No momento, o frigorífico uruguaio, que fica na cidade do mesmo nome, está sob “due diligence”.
Quanto à indústria do Frigoclass em Promissão, “não há nada definido” e sobre a Argentina, ele afirmou que ainda não considerou a possibilidade de compra.
A operação envolvendo o Tacuarembó, terceiro maior exportador de carne bovina do Uruguai, é estimada em US$ 35 milhões no mercado. Mas Molina não confirmou o valor. Já a planta do Frigoclass, em Promissão, estaria sendo negociada por US$ 23 milhões e a da Argentina, por US$ 20 milhões.
O Uruguai tem autorização para exportar carne in natura aos Estados Unidos Canadá, México e Caribe, mercados que o Brasil ainda não tem acesso por conta de restrições sanitárias. “O Uruguai está em 11 mercados onde o Brasil não está”, resumiu Molina em reportagem de Alda do Amaral Rocha do jornal Valor Econômico.
O Tacuarembó, que abate 1.000 animais por dia, exportou US$ 77,4 milhões em carne bovina em 2005 e, neste ano, até agosto, já ocupa o terceiro lugar no ranking dos exportadores uruguaios, com vendas externas de US$ 64,450 milhões, de acordo com o Instituto Nacional de Carnes.
Segundo o advogado do Frigoclass, Rodrigo Alberto Correia da Silva, o trabalho, no momento, “é liquidar todas as pendências” decorrentes da operação do Frigoclass. Enquanto isso, diz, a operação é “reavaliada”.
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Quando soube da compra pelo Friboi de um frigorífico na argentina com dinheiro do BNDES, como brasileiro e como pecuarista, a noticia me entristeceu. O BNDES é um banco de fomento brasileiro, que deve financiar uma empresa brasileiras a gerar empregos aqui, incentivar a produção aqui e não no exterior. Eu não consigo entender a estratégia do BNDES em negócios como este, e agora vejo que a coisa ira se repetir.
A conclusão que chego é que a forca do cartel é grande e maior que se imagina. Eles estão botando um pé la fora, ou apenas estão dando ordens também no BNDES.
Com denúncia de cartelização, com processos na justiça, com dívidas com o INSS (FUNRURAL) e mesmo assim o BNDES libera milhões para estas empresas. Um pecuarista não tem acesso a financiamento se tiver uma dívida de R$ 500,00 de ITR.
Tenho ouvido de pessoas ligadas a frigoríficos, que dizem que continuam a descontar o funrural dos pecuaristas mas não repassam os valores ao INSS, e que devem bilhões de reais ao INSS e que isto vem ocorrendo por mais de 30 anos. Usam de toda forma de recursos para não repassarem os valores ao funrural que descontam dos produtores, trocam razão social, entram com liminares na justiça, e outros meios, concordata, falência.
Como isto pode acontecer e a classe não tomar posição?