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Marfrig prepara oferta de R$ 2 bilhões

A empresa de alimentos Marfrig Global Foods prepara uma oferta subsequente de ações (follow-on) de cerca R$ 2 bilhões, disseram três fontes ao Valor. A intenção é realizá-la até o fim da primeira quinzena de dezembro. Os bancos Bradesco BBI, Santander e J.P. Morgan são os coordenadores do follow-on.

De acordo as fontes, metade da oferta será primária, injetando recursos no caixa da empresa, e a outra metade, secundária, com a venda de parte das ações detidas pelo BNDESPar, subsidiária de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A venda é uma saída parcial da posição do BNDESPar, que tem 33,7% do capital da empresa -a posição total soma R$ 2,4 bilhões. Já a tranche primária colocaria R$ 1 bilhão no caixa da Marfrig, deixando a companhia com liquidez reforçada para reduzir as dívidas após o aumento de sua participação no National Beef. O negócio, anunciado no início do mês, custou US$ 860 milhões à Marfrig.

Ontem, as ações da companhia caíram 4,62% na bolsa, pressionadas pelo plano da oferta noticiada pelo Valor. No ano, acumulam valorização de 90%. Em comunicado ao mercado, a companhia confirmou que avalia uma oferta e iniciou conversas com assessores, mas diz que não há definição.

As ações da concorrente JBS também tiveram queda de 2,44%, em dia de desvalorização do Ibovespa. O BNDESPar também prepara uma oferta das ações da JBS em operação de maior volume – a oferta pode chegar a R$ 8 bilhões, metade da posição do banco na empresa. Nesse caso, os coordenadores são Bradesco BBI, Itaú BBA, BTG Pactual, UBS e Bank of America. No ano, os papéis também acumulam forte valorização, de 126% – o que explica o desinvestimento do BNDES neste momento.

Ontem pela manhã, a varejista de moda Lojas Marisa informou que seu conselho de administração aprovou a realização de oferta primária de ações. A operação será coordenada pelos bancos Itaú BBA, Bradesco BBI, Bank of America e Banco do Brasil. Dependendo da colocação ou não dos lotes suplementar e adicional, conforme a demanda de investidores, a oferta deve levantar entre R$ 499,2 milhões e R$ 654,5 milhões. De acordo com a varejista, os recursos líquidos obtidos com a oferta serão destinados à amortização de dívidas e ao reforço do capital de giro.

Concretizadas, esses três follow-ons vão se somar às três dezenas de ofertas subsequentes feitas neste ano. Conforme dados consolidados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e da bolsa brasileira B3, já foram 35 ofertas de ações este ano, sendo cinco delas ofertas iniciais (IPOs) e as demais follow-ons. O volume total das ofertas é de R$ 77,7 bilhões, sendo R$ 67,5 bilhões em follow-ons e R$ 10,2 bilhões em IPOs.

Fonte: Valor Econômico.

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