Na última terça-feira (16/11) a Marfrig alimetos S.A. divulgou os resultados do 3º trimestre. Apesar da empresa comemorar o crescimento da receita e o aumento das vendas no Brasil, o relatório aponta um prejuízo líquido de R$ 30,9 milhões no trimestre contra um lucro de R$ 127,4 milhões no trimestre anterior e R$ 200,5 milhões no 3º trimestre de 2009, "explicado pelo aumento das despesas financeiras gerado pelo aumento de juros provisionados e pela marcação a mercado do hedge causado pela proteção ao pagamento em dólares americanos da aquisição da Keystone Foods".
Na última terça-feira (16/11) a Marfrig alimetos S.A. divulgou os resultados do 3º trimestre. Apesar da empresa comemorar o crescimento da receita e o aumento das vendas no Brasil, o relatório aponta um prejuízo líquido de R$ 30,9 milhões no trimestre contra um lucro de R$ 127,4 milhões no trimestre anterior e R$ 200,5 milhões no 3º trimestre de 2009, “explicado pelo aumento das despesas financeiras gerado pelo aumento de juros provisionados e pela marcação a mercado do hedge causado pela proteção ao pagamento em dólares americanos da aquisição da Keystone Foods”.
A Marfrig encerrou o 3º trimestre com a maior receita líquida trimestral de sua história e atingiu R$3,9 bilhões, valor 60% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, de R$2,4 bilhões. Em comparação ao trimestre anterior, a receita líquida cresceu 8,3%.
Impulsionada novamente pelo aumento das vendas no Brasil, a receita bruta da Marfrig atingiu R$4,2 bilhões neste 3º trimestre, valor 63,9% maior que o registrado no mesmo período do ano passado e 10,3% se comparado ao trimestre anterior (aumento de mais de R$ 400 milhões). Acumulada, a receita bruta já ultrapassa R$ 11,3 bilhões neste ano. No canal de vendas food service, o volume e o preço médio cresceram 9% e 8% respectivamente, em relação ao mesmo período do ano passado. Já nas exportações de carne bovina, a Marfrig aumentou seu market share para 18,9%, contra 15,7 no trimestre anterior e 11,6% no 3º trimestre de 2009.
O EBITDA ajustado foi de R$ 283 milhões, com aumento de 38,7% frente ao mesmo período de 2009 e 13,3% se comparado ao trimestre anterior.
Para o CEO & Chairman da Marfrig Alimentos, Marcos Antonio Molina dos Santos, “este terceiro trimestre marcou o avanço na transformação da Companhia em uma empresa de alimentos de atuação global, posicionada cada vez mais próxima dos seus principais clientes – consumidores finais e redes de food service – com produtos de maior valor agregado e evoluindo a passos largos na captura das sinergias e na formação de uma cultura empresarial comum, pautada pela ética e sustentabilidade do negócio”.
“Nosso desafio é continuar a integrar as empresas adquiridas e buscar todas as sinergias nas operações. Além disso, a recuperação econômica ainda lenta em alguns países, as dificuldades geradas pela volatilidade cambial em relação ao dólar norte-americano e as condições setoriais adversas em alguns mercados onde a companhia mantém suas operações, devem continuar gerando um cenário desafiador neste 4º trimestre de 2010, com expectativa de melhora gradual já a partir de 2011”, comentou Molina.
A Divisão Bovinos Brasil (excluindo couro) totalizou R$ 1,27 bilhão na receita líquida do 3º trimestre de 2010 e cresceu 23,9% e 103,2%, respectivamente, se comparada ao 2º trimestre de 10 (R$ 1,02 bilhão) e ao 3º trimestre de 2009 (R$ 624,6 milhões), ganhando market share nos mercados doméstico e de exportação.
O avanço da Divisão Bovinos Brasil e “Food Service” no 3º trimestre de 2010 foi impulsionado pela demanda por carne bovina no mercado interno. O consumo no mercado doméstico permitiu crescimento consistente nos volumes vendidos, tanto no varejo como no “food service” e possibilitou o aumento dos preços médios praticados. A recuperação gradual dos mercados externos também trouxe crescimento nos volumes exportados.
Segundo dados do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), o abate de gado bovino sifado no Brasil caiu 5,4% no 3º trimestre de 2010 em relação ao 2º trimestre de 2010, passando de 5.610 mil cabeças para 5.356 mil cabeças. No mesmo período, a Divisão Bovinos Brasil e “Food Service” aumentou o volume de abate em 20,7%, contabilizando 750,1 mil cabeças, contra 621,4 mil cabeças no trimestre anterior. Na comparação com o 3º trimestre de 2009, enquanto o abate de gado sifado no Brasil caiu 2,4%, a Divisão cresceu o abate em 95,4%. Dessa forma, a participação de market share da Marfrig no abate total de gado sifado no país, que era de 7,0% no 3º trimestre de 2009, e de 11,0% no 2º trimestre de 2010, cresceu para 14,0% no 3º trimestre de 2010. A utilização de capacidade de Bovinos Brasil no trimestre ficou em aproximadamente 60%.
Os preços do gado seguiram a tendência de alta observada desde o início do ano, registrando preço médio de R$ 81,26 no 3º trimestre de 2010, uma alta de 8,3% em relação à média do trimestre anterior (R$ 75,01). A retenção de gado realizada por parte de alguns pecuaristas em busca de melhores condições de preço diminuiu a disponibilidade de gado no trimestre e manteve tendência de alta nos preços. Esse movimento foi sustentado pela demanda interna aquecida no 3º trimestre de 2010 além da sazonalidade do clima brasileiro, recorrente para o período (clima seco).
Compensando a elevação de custos, o aumento do poder de compra da população e a situação econômica favorável no país continuam impulsionando o crescimento do consumo da proteína bovina no mercado doméstico. Diante desse cenário, as vendas no mercado interno atingiram R$ 719,5 milhões, representando uma alta de 47,9% em relação ao 2º trimestre de 2010.
O lançamento da linha de Cortes Bovinos da marca Seara contribuiu para o aumento de 30,5% no volume de vendas, que atingiu o patamar histórico de 186,3 mil toneladas no trimestre. Somado ao lançamento da nova linha, a constante busca por canais de venda mais rentáveis aumentou o preço médio em 13,3% em relação ao trimestre anterior e contribuiu para compensar a pressão de aumento de custos de gado no período.
Ações
As ações da Marfrig passaram a integrar neste quadrimestre as carteiras teóricas do Índice Bovespa e do IBrX-50, um reflexo da liquidez e do número diário de negócios que as ações da companhia tem obtido nos últimos doze meses. As ações da Marfrig sofreram recente desvalorização e atualmente estão cotadas abaixo do valor patrimonial por ação. As ações da Marfrig encerraram o pregão do dia 12/11/2010 cotadas a R$ 14,48, apresentando desvalorização de 24,3%, contra uma valorização de 2,6% do Ibovespa, no acumulado no ano.
Veja o relatório completo abaixo.
As informações são da Marfrig Alimentos S.A., resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.