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Marfrig reporta prejuízo líquido de R$ 112 milhões no terceiro trimestre de 2023

A Marfrig reportou hoje um prejuízo de R$ 112 milhões em suas demonstrações financeiras referentes ao terceiro trimestre ante lucro de R$ 431 milhões em igual período do ano passado.

A receita líquida da companhia, por sua vez, foi de R$ 35,65 bilhões, queda de 2,1%, com lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 2,56 bilhões, 32,5% menor que o registrado no terceiro trimestre de 2022.

Já a alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda) foi de 3,91 vezes no último trimestre, acima dos 2,38 vezes do período entre julho e setembro de 2022. O número reflete uma dívida líquida consolidada de R$ 9,72 bilhões.

Quando considerado os R$ 6 bilhões a serem recebidos pela companhia referente a venda de ativos realizada este ano, quando vendeu 16 unidades de abate e processamento para sua concorrente Minerva, o nível de alavancagem pro forma é avaliado em 3,2 vezes.

Descontando as operações da BRF, a receita líquida da Marfrig ficou em R$ 21,75 bilhões, queda de 3,7%, com Ebitda de 1,33 milhão, avanço de 1,5%. A companhia garantiu uma receita líquida de R$ 13,77 milhões à Marfrig no terceiro trimestre com prejuízo líquido de R$ 112 milhões no período.

Por região, o resultado das operações da Marfrig na América do Norte encerrou o terceiro trimestre deste ano com receita líquida de US$ 3,38 bilhões, avanço de 18,6%, e Ebitda de US$ 150 milhões, queda de 55,6%.

Na América do Sul, a receita da Marfrig foi de R$ 5,41 bilhões, queda de 27,35%, com Ebitda de R$ 626 milhões, queda 11,8%. De acordo com o diretor-presidente da companhia para América do Sul, o resultado é reflexo da queda do preço médio das exportações no período.

“Se olharmos para os preços da China foi o mercado que causou essa estabilização dos preços de exportação, estiveram flat durante todo este ano, mas ainda assim se olharmos cortes de dianteiro a China ainda é muito favorável”, comentou o diretor-presidente da Marfrig para América do Sul, Rui Mendonça.

Na avaliação do executivo, as perspectivas são de recuperação dos preços a partir do primeiro trimestre de 2024 devido à redução dos estoques chineses e à maior demanda. Juntamente com Hong Kong, o país asiático foi destino de 25% do faturamento com exportações da Marfrig até o momento, abaixo dos 53% observados em 2022.

“Isso mostra acima de tudo o fim de uma China-dependência com um resultado robusto o que mostra que trabalhando as alternativas de mercado agente consegue compor resultados muito favoráveis independente das alternativas de um mercado ou outro”, completou Mendonça.

Ao todo, a companhia vendeu 2,15 milhões de toneladas de proteína animal no terceiro trimestre, avanço de 4% ante o ano passado, sendo 1,4 milhão de toneladas no mercado interno (aumento de 2,4%) e 746 mil toneladas no mercado externo (crescimento de 7,3%).

Fonte: Globo Rural.

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