As restrições para exportar carne argentina atingiram mais um frigorífico brasileiro. O Marfrig reduziu pela metade o volume de abate e paralisou uma unidade do Quickfood, que comprou no ano passado.
As restrições para exportar carne argentina atingiram mais um frigorífico brasileiro. O Marfrig reduziu pela metade o volume de abate e paralisou uma unidade do Quickfood, que comprou no ano passado.
O Quickfood informou à Bolsa de Valores de Buenos Aires que a unidade de Villa Mercedes, na Província de San Luis, está “paralisada temporariamente desde o dia 12, diante da dificuldade de obter ROE”, sigla para registros de exportação, que vinham sendo pedidos há mais de 50 dias. Com isso, há acúmulo de cortes especiais no estoque.
Segundo reportagem de Janes Rocha, do Valor Econômico, na segunda-feira (19) o governo anunciou a reabertura das exportações, a ampliação da cota para 500 mil toneladas anuais e a liberação total da venda de carne termoprocessada. Mas desde que as empresas comprovem ter abastecido o mercado interno e garantido a manutenção dos preços de 13 cortes mais populares segundo uma tabela oficial.
Pelos cálculos do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Carne, 15 mil funcionários poderão ser afetados, dos quais 6 mil já estão com suas atividades suspensas, total ou parcialmente, por causa da queda da produção.
Por enquanto não houve demissões, mas os frigoríficos estão dando férias antecipadas e reduzindo horas de trabalho semanal.