Margen ainda não retomou atividades em Goiás e no Paraná

A retomada das atividades do Frigorífico Margen em Goiás só não aconteceu ontem porque ainda não havia chegado um carregamento com animais de abate. O acordo entre o Ministério do Trabalho e a empresa, que permitiu o retorno dos funcionários ao trabalho, só surtirá efeito no final da semana. Conforme apurou a reportagem, as filiais do frigorífico nas cidades de Goiás, Goianira e Rio Verde só funcionarão com o quadro de funcionários completo a partir de amanhã.

Representantes das unidades goianas alegam que o retorno não foi imediato porque o processo de abate, que demanda a totalidade dos trabalhadores, ainda não está sendo realizado. Até ontem o resultado do acordo ainda não havia sido comunicado a todos os empregados.

No Frigorífico Centro-Oeste, em Goianira, os cerca de 150 funcionários, de um total de 500, que compareceram ontem à empresa foram dispensados às 14h. Segundo o gerente administrativo Nelson Elorza Venturini, compareceram ao trabalho apenas o quadro administrativo e alguns empregados da parte de manutenção. Sem animais para abater, foi feita apenas a limpeza e dedetização do maquinário.

Venturini calcula em R$ 30 mil o prejuízo diário do frigorífico que gerencia. A maior parte da produção da unidade de Goianira tem como destino os países europeus, principalmente a Alemanha e a Inglaterra.

Estima-se que o Margen acumule uma dívida de R$ 150 milhões em recursos que deveriam ter sido destinados ao INSS e à Receita Federal. A empresa possui 21 unidades em oito estados. Só em Goiás, o Margen emprega 2.250 pessoas.

Paraná

A unidade de Paranavaí, no noroeste do Paraná, deve retomar o abate apenas amanhã. Segundo o veterinário Carlos Roneide da Rosa, do escritório regional da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab), a direção da empresa comunicou a retomada do abate e já estaria com gado comprado. Rosa disse que a direção também confirmou que reinicia as atividades com o mesmo quadro de pessoal.

Fonte: Diário da Manhã/GO (por Luiz Felipe Fernandes) e Folha de Londrina (por Telma Elorza), adaptado por Equipe BeefPoint