O Frigorífico Margen Ltda., que atua em oito estados, usa a ameaça de demissão de cerca de 11 mil funcionários como estratégia para convencer a Justiça Federal a libertar oito diretores da empresa, presos desde o dia 1o deste mês em operação da Polícia Federal.
A PF acusa os diretores do Margen de usarem a empresa para lavar dinheiro, sonegar impostos, corromper órgãos públicos para perdão de dívidas e de falsidade ideológica, apropriação indébita de contribuição da Previdência Social e formação de quadrilha.
Anteontem, o advogado Ney Moura Teles, que defende os diretores do Margen, havia dito que dez mil funcionários seriam demitidos ontem.
“A informação estava correta. A idéia era começar as demissões hoje [ontem], porém nós adiamos para amanhã [hoje] e podemos adiar de novo”, afirmou o gerente comercial da empresa, José Antônio Veronesi. Ele afirma que os ameaçados de demissão são cerca de 11 mil e não dez mil.
“Estamos aguardando a decisão da Justiça. Se os diretores chegarem aqui [forem soltos], não vamos demitir ninguém”, afirmou o gerente.
Teles afirma que os diretores são inocentes. Ele também questiona o valor da dívida de R$ 60 milhões com a Receita Federal e de R$ 85 milhões com a Previdência Social.
O advogado confirma que a ameaça de demissão é um dos argumentos apresentados à Justiça para soltar os diretores. No dia 17, a desembargador Suzana Camargo do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3a Região, negou habeas corpus que libertaria os diretores.
Fonte: Folha de S.Paulo (por Hudson Corrêa), adaptado por Equipe BeefPoint
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Acredito que não serão demitidos, só acho que deveriam decidir alguma coisa logo, porque com o frigorífico parado, o país está perdendo, os estados e as cidades estão perdendo
A minha cidade está parada com os negócios de gado, que é um dos principais por aqui.
Eu comprava para o Frigorífico Centro-Oeste do grupo Margen e os negócios estão parados e tem bastante gado.
Tanto o grande produtor quanto o pequeno produtor estão perdendo.