Com problemas causados, principalmente, pela alta do boi gordo e das restrições às exportações de carne bovina à União Européia, o frigorífico Margen deixou de pagar uma parcela que venceu neste mês de uma dívida total de R$ 169 milhões. A dívida foi feita em julho do ano passado e só teria vencimento em julho de 2010. Porém com a inadimplência os credores podem exigir na Justiça a quitação imediata de toda a dívida.
Com problemas causados, principalmente, pela alta do boi gordo e das restrições às exportações de carne bovina à União Européia, o frigorífico Margen deixou de pagar uma parcela que venceu neste mês de uma dívida total de R$ 169 milhões.
Segundo reportagem de Alda do Amaral Rocha e Cristiane Perini Lucchesi, do jornal Valor Econômico, os R$ 169 milhões foram tomados em julho do ano passado e só teriam vencimento em julho de 2010. Porém com a inadimplência (não pagamento de uma parcela) os credores podem exigir na Justiça a quitação imediata de toda a dívida.
A necessidade de pagar toda a dívida agora pode inviabilizar a empresa, o que muitas vezes não interessa aos credores, que ficariam, sem receber os recursos que emprestaram. Segundo apurou o Valor, os credores consideram a possibilidade de transformar a dívida em participação – o que daria a eles o controle da empresa – caso o Margen não consiga quitá-la.
O Margen, que faturou R$ 1,5 bilhão no ano passado, protagonizou junto com o Quatro Marcos um episódio singular em junho deste ano. As duas empresas, afetadas pelo cenário desfavorável no setor, anunciaram uma associação, que criaria a Uni Alimentos. Juntas, chegaram até a falar em planos sobre abertura de capital da nova empresa. Mas a união durou apenas 10 dias. Na época, o Quatro Marcos alegou “diferenças no estilo de gestão” e “na cultura da administração” para o fim da joint venture.
O não-pagamento de parcela de julho agrava a situação do Margen, que em abril passado tinha anunciado a demissão de cerca de 1,5 mil funcionários em suas unidades de um total de 9,5 mil. A empresa alega que as demissões ocorreram pois com os preços elevados do boi, unidades de abate ficaram ociosas.
Segundo apurou o Valor com fontes do setor, recentemente, a empresa passou a atrasar pagamento a pecuaristas e suspendeu operação em três de suas unidades.
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Não é novidade. A má gestão, as dificuldades na manutenção das escalas, a redução da margem de lucros, a alta da arroba do boi, a diminuição do consumo mercado interno e externo também, são fatores que afetam os frigorificos em geral. Aliados a isto o Margen e Quatro Marcos (duas empresas em dificuldades), tentaram formar outra empresa Uni Alimentos, com prazo de validade de 10 dias. É lamentavel. O Marfrig e JBS, estão com dificuldades na Argentina diante das imposições e politicas do Governo Argentino. De olho neles!
Essa do Margem é tragédia anunciada, desde a patacuada do governo com prisões mirabolantes, e aí fica meus parabéns a PF, mas no dia seguinte o Dr. juíz não sei da onde coloca todo mundo para fora porque eles demitiriam seus 11 mil funcionários, ora, deveriam saber disso antes.
No Brasil tem sido assim, a polícia prende o juíz solta.
Aí o governo com o tiro pela culatra, parcelou a dívida em trinta anos com a promessa de que a empresa não pararia suas atividades, ora faça meu favor!
É muito fácil, olha se vocês não me derem condições de trabalho, e isso significa que não vou pagar os impostos, eu quebro, demito milhares de funcionários e ainda não pago os milhões que devo aos produtores.
Quando crescer vou comprar um frigorífico para mim.