Mataboi: Acrimat avalia que “batalha será longa”

Para a Acrimat "o Matoboi mostrou a cara e abriu uma porta para o diálogo, mas não apresentou nenhuma proposta, apenas disse que os pecuaristas são fornecedores estratégicos e que terão prioridade", disse Biancardini. Durante seu pronunciamento na reunião, ele enfatizou aos pecuaristas para se prepararem "para uma longa e árdua batalha, pois o caminho para um consenso não é fácil".

O juiz da Comarca de Araguari/MG homologou o pedido de recuperação judicial do grupo Mataboi S/A, no dia 06 de abril. “Agora é oficial e começa a correr os prazos”, avisa o assessor jurídico da Acrimat, Armando Biancardini Candia, que participou da reunião com mais de 150 pessoas no Sindicato Rural de Rondonópolis/MT, ontem pela manhã. A reunião foi marcada pelos administradores da empresa com os pecuaristas credores e participaram os representantes do Sindicato dos Produtores Rurais de Rondonópolis, da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e da Associação dos Criadores do Sul de Mato Grosso.

Para a Acrimat “o Matoboi mostrou a cara e abriu uma porta para o diálogo, mas não apresentou nenhuma proposta, apenas disse que os pecuaristas são fornecedores estratégicos e que terão prioridade”, disse Biancardini. Durante seu pronunciamento na reunião, ele enfatizou aos pecuaristas para se prepararem “para uma longa e árdua batalha, pois o caminho para um consenso não é fácil”. Pela lei, o frigorífico tem 60 dias para apresentar o seu plano de recuperação judicial ao juiz encarregado.

O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, pediu para que “os proprietários do Mataboi ajam de maneira diferente dos demais frigoríficos e que não se utilizem das brechas dessa lei injusta para não honrarem seus compromissos com os pecuaristas”. Vacari ressalta também, que os produtores procurem os sindicatos e a Acrimat para recebem orientação, “pois qualquer falha no processo pode prejudicá-los”.

A assessoria jurídica da Acrimat vai se habilitar como interessado do processo para acompanhar de perto cada passo dos tramites, como aconteceu com as ações dos demais frigoríficos que entraram em recuperação judicial nos últimos dois anos. A orientação é para que os credores também se habilitem para participar do processo e verifiquem os reais créditos a que tem direito. A dívida total do Grupo Mataboi é de R$ 400 milhões sendo R$ 90 milhões com os pecuaristas de Mato Grosso, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás.

As informações são da Acrimat, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Márcio Vinícius Ribeiro de Moraes disse:

    Os produtores prejudicados pelo calote do Mataboi, e atuais credores, deverão unir-se através dos sindicatos rurais mais próximos de sua região (Rondonopolis-MT, Tres lagoas-MS, Santa Fé-GO e Araguari-MG), pois cada um dos credores, independente de valores, terá UM SÓ VOTO. Para aprovarem a recuperação judicial do Mataboi, será preciso no mínimo de 50% dos votos MAIS UM voto de seus credores.

    O frigorífico tentará negociar (comprar) o VOTO dos pequenos credores, para obter a maioria dos votos a seu favor, e para poder parcelar sua dívida no maior tempo possível. Nós produtores e credores do Mataboi não podemos deixar isso acontecer, temos que nos organizar através desses sindicatos, e negociar a melhor forma que atenda pequenos, médios e grandes produtores.

    Chega de calote!

  2. LUCIANO Bernardi disse:

    Chega de calote……
    chega de vender o boi a prazo tambem
    campanha boi só a vista

  3. Antonio Pires Braga Júnior disse:

    O que dizer do patrimônio dos proprietários do Mataboi?
    Pelo que me consta, trata-de de uma família rica. Será que não há um mínimo de consciência que os façam quitar os débitos, pelo menos, com os pecuaristas. A final de contas, foi graças aos pecuaristas, que eles chegaram onde estão.
    O patrimônio deles, é muito superior aos 90 milhões que nos é devido.

  4. Pedro Afonso de Barros disse:

    Pedro Afonso de Barros – Fazenda Três Ilhas e Agua Limpa – Jussara – Goiás.

    Nos, credores do Frigorífico Mataboi acreditamos que os proprietários do frigorífico estão procurando solucionar a pendência o mais rápido possível, pois, são pessoas honesta e cumpridoras de suas obrigações. Os animais por nós fornecidos àquele frigorífico são produtos de muitos meses de árduo trabalho e esforço pessoal. Necessitamos receber com urgência nossos créditos para que possamos continuar nossa luta com dignidade. É meu parecer, salve melhor juizo!

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