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Mataboi: para Acrimat proposta de pagamento não atende às necessidades dos pecuaristas

"Essa proposta não atende às necessidades dos pecuaristas", disse o superintendente da Acrimat - Associação dos Criadores de Mato Grosso - Luciano Vacari. Ele ressalta que esse plano será apenas um ponto de partida para as negociações, "pois é muito longo e o pecuarista não pode continuar financiando a atividade econômica dos frigoríficos como vem acontecendo há diversos anos, onde a indústria usa o dinheiro do produtor para movimentar seu negócio". Vacari alerta os credores para que "fiquem atentos e valorizem seu produto, que é a razão de toda cadeira da carne, pois sem boi não tem frigorifico nem carne nas gôndolas dos supermercados".

Foi protocolado na Comarca de Araguari/MG, no dia 03 de junho, o plano da proposta de pagamento aos credores da recuperação judicial do frigorifico Mataboi, que foi dividida em em 3 grupos de credores: credores trabalhistas, fornecedores e demais credores. A proposta aos pecuaristas com créditos até R$ 60 mil é de pagamento integral em 4 pagamentos trimestrais de 25% do valor total deste grupo de credores. Quem tem crédito acima dos R$ 60 mil, receberá após um período de carência de 12 meses, em 12 pagamentos trimestrais de 8,33% do crédito de cada credor. Para os credores pecuaristas, haverá uma proposta de aceleração de pagamento, onde será pago 4% das novas compras, como antecipação dos saldos vincendos, aos credores que voltarem a fornecer (conforme fórmula do plano). Pagamento com TR (taxa referencial) mais juros de 2% ao ano, quando o crédito for em reais e libor – 12 meses mais 2% ao ano, quando o crédito for em moeda estrangeira.

“Essa proposta não atende às necessidades dos pecuaristas”, disse o superintendente da Acrimat – Associação dos Criadores de Mato Grosso – Luciano Vacari. Ele ressalta que esse plano será apenas um ponto de partida para as negociações, “pois é muito longo e o pecuarista não pode continuar financiando a atividade econômica dos frigoríficos como vem acontecendo há diversos anos, onde a indústria usa o dinheiro do produtor para movimentar seu negócio”. Vacari alerta os credores para que “fiquem atentos e valorizem seu produto, que é a razão de toda cadeira da carne, pois sem boi não tem frigorifico nem carne nas gôndolas dos supermercados”.

Para discutir essa proposta uma reunião foi marcada para hoje, no auditório do Parque de Exposição de Rondonópolis/MT, com os executivos do Mataboi, Andrei Cota e Thiago Bessa. “Os credores devem participar ativamente de todas as reuniões e ficarem atentos aos prazos do processo, pois só assim terão condições de se manifestarem com propriedade”, aconselhou o assessor jurídico da Acrimat, Armando Biancardini Candia. Ele ainda lembra que é importante que os pecuaristas entrem em contato com os sindicatos rurais e a Acrimat para receberem orientação de como proceder num processo judicial “que é longo e cheio entrelinhas”.

As informações são da Acrimat, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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