Um dos principais problemas para o desenvolvimento da pecuária em terras de cerrado é a falta de matéria orgânica.
Os solos sob cerrado, e principalmente aqueles mais arenosos após o fornecimento de cálcio e magnésio (com pouco calcário), desde que tenham alguma coisa de fósforo, conseguem estabelecer pastos bastante bons com forrageiras eficientes na extração desse nutriente, como as baquiárias e o andropógon. Em áreas de fósforo mais elevado ou com adubação fosfatada no plantio, consegue-se facilmente o estabelecimento de colonião e até de seus “primos mais chiques”: tanzânia e mombaça.
A gradeação promove a mineralização da matéria orgânica e a liberação de nitrogênio para as plantas recém germinadas, que enchem de orgulho o gerente quando mostra o pastão que conseguiu formar só com semente, ou com um “golinho de fosfato”.
Mas com o passar dos anos e, em alguns casos, bem poucos anos, começa a fazer falta aquela matéria orgânica “queimada” pela gradeação e pelo uso acima da capacidade de suporte do pasto. Falta nitrogênio e o capim, com dificuldade de rebrotar, abre espaço para a praga ou para a erosão. A lembrança ainda fresca do pastão e a vontade de ver tudo verde outra vez leva à mais uma reforma, e assim sussessivamente até que acabem todas as reservas de matéria orgânica que fornecem o nitrogênio para a forrageira.
Se você não quiser chegar à situação da fotografia abaixo, você têm duas alternativas:
1- Introduzir nitrogênio no seu sistema de produção para aumentar a capacidade de suporte e lentamente a matéria orgânica de suas terras.
2- Reduzir a lotação proporcionando sempre sobra de forragem suficiente para a manutenção da matéria orgânica que ainda resta.
Mas de qualquer modo, pare com os ciclos de gradeação, pois esse nitrogênio que você busca na matéria orgânica é muito mais caro do que você imagina !
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