A pecuária matogrossense começa a ganhar destaque no cenário nacional de melhoramento genético. Uma pesquisa realizada pelo site BeefPoint, levantou os 50 melhores confinamentos do Brasil. Mato Grosso está em sexto lugar e teve outras cinco fazendas no ranking.
O confinamento melhor colocado do Estado é o da Fazenda Eldorado, localizada em Barra do Graças (a 516 quilômetros de Cuiabá). A propriedade confinou 20 mil cabeças no ano passado. As outras representantes da pecuária brasileira são a Fazenda São Marcelo, em Tangará da Serra (a 242 quilômetros de Cuiabá), com 15 mil cabeças em confinamento em 2002, Fazenda Carpa Serrana, em Barra do Garças, com 12 mil animais, Fazenda Capitão Verdi, em Tangará da Serra, com 7,8 mil cabeças sob regime de confinamento, Fazenda Verde, em Rondonópolis (a 210 quilômetros de Cuiabá), com 3,1 mil animais e a Agropecuária Missões, em Campo Novo do Parecis (a 397 quilômetros de Cuiabá), com 1,5 mil cabeças confinadas em 2002.
Para o diretor da Associação dos Produtores Rurais de Mato Grosso (ARP), Paulo Rezende, isso reflete o trabalho que está sendo desenvolvido no melhoramento genético do rebanho matogrossense iniciado há pouco mais de cinco anos. “Apesar de recente, a genética de melhoramento está presente na pecuária de Mato Grosso, seja em animais puros de origem (PO) ou naqueles criados para abate”, explicou.
Mas o diretor revelou que a tendência no setor é o emprego de novas tecnologias para obtenção de resultados em pouco tempo e acredita que outros 50 confinamentos no Estado poderiam fazer parte da pesquisa. “O confinamento é um adiantamento para o abate, com peso ideal de cerca de 20 meses de vida. Com investimentos em genética é que se obtém rentabilidade na atividade. Essa é a tendência do mercado. Uma sobrevivência”, argumentou.
Grande parte dos confinadores estão localizados entre os municípios de Rondonópolis, Barra do Garças e Cáceres. Das 22,5 milhões de cabeças que representam o rebanho estadual, cerca de 3% estariam sob confinamento. “Uma estimativa, pois o Estado é muito grande e o rebanho cresce acima da média nacional”, ressaltou.
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), calcula que o Estado é o único da federação, neste momento, que obtém um crescimento de cerca de um milhão de cabeças ao ano.
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Fonte: Diário de Cuiabá/MT (por Marianna Peres), adaptado por Equipe BeefPoint