Mato Grosso embarcou 371,7 mil toneladas de carnes bovina, suína e de frango nos seis primeiros meses de 2025, um avanço de 5,46% em relação ao mesmo período de 2024. Os dados são do Centro de Dados Econômicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), com base nos registros da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O bom desempenho confirma o peso da indústria frigorífica na economia estadual, que emprega diretamente cerca de 30 mil pessoas e gera quase 100 mil empregos indiretos em sua cadeia produtiva.
Para Paulo Bellicanta, presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos de Mato Grosso (Sindifrigo), os números reafirmam o papel estratégico do estado no comércio global de proteínas. “Mesmo com leve recuo no abate de bovinos, conseguimos aumentar as receitas, o que demonstra a confiança do mercado internacional na qualidade do que produzimos”, afirmou. Segundo ele, os resultados refletem investimentos contínuos em rastreabilidade, tecnologia e capacitação ao longo da cadeia.
As exportações de carne bovina somaram 307,4 mil toneladas no semestre, alta de 6,1% frente ao mesmo intervalo do ano anterior. A China permanece como principal destino da proteína, responsável por 48% dos embarques e movimentação de US$ 719 milhões. Na sequência, aparecem Estados Unidos, Chile, Rússia e Egito.
De acordo com o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), o abate de bovinos recuou 2,61% no semestre, totalizando 3,524 milhões de cabeças. Já o número de suínos abatidos aumentou 3,54%, alcançando 1,518 milhão de cabeças. O abate de aves teve variação positiva de 0,07%, com 108,8 milhões de unidades.
“O setor frigorífico segue como um dos principais pilares da economia mato-grossense. A competitividade internacional conquistada é resultado direto da capacidade da indústria de agregar valor e sustentar milhares de empregos no campo e nas cidades”, diz Bellicanta.
Fonte: Forbes.