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MDIC eleva projeção de exportação para US$ 202 bi

Mesmo com um cenário de retração da economia mundial, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior aumentou ontem de US$ 190 bilhões para US$ 202 bilhões a previsão de exportações para 2008. Foi a terceira revisão desde o anúncio da meta inicial, de US$ 172 bilhões. Se alcançada a meta, as vendas externas irão crescer 25,7% este ano.

Mesmo com um cenário de retração da economia mundial, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior aumentou ontem de US$ 190 bilhões para US$ 202 bilhões a previsão de exportações para 2008. Foi a terceira revisão desde o anúncio da meta inicial, de US$ 172 bilhões. Se alcançada a meta, as vendas externas irão crescer 25,7% este ano. O Ministério do Desenvolvimento projetou uma média mensal de US$ 17,79 bilhões de exportações entre setembro e dezembro.

O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, disse que a valorização do dólar frente ao real nas últimas semanas não foi considerada no novo cálculo. A meta leva em conta o comportamento dos preços das commodities e os contratos de exportação já assinados. “O dólar dará mais competitividade aos produtos brasileiros, mas o seu efeito não deve ser sentido no curto prazo”, previu Barral. Para ele, o efeito deve ser mais rápido nas importações, que são desestimuladas, principalmente, na compra de serviços no exterior, como o turismo.

Barral avaliou que os preços das commodities continuarão acima dos praticados em 2007 e se manterão estáveis nos próximos meses. Para o secretário, há muito exagero nas avaliações de que os preços estão despencando. Ele atribui a queda nos preços nas últimas semanas à saída de capital especulativo de fundos de commodities. “Mesmo depois de desinflada a bolha, os preços ainda estão muito mais elevados do que em 2007. Isso ocorre por causa do aumento da demanda”, avaliou o secretário, lembrando que alguns alimentos como carne bovina e óleo de soja continuam com tendência de alta.

Barral disse que 2008 foi um ano “surpreendente” para as vendas externas. Segundo ele, o Ministério projetava, no fim de 2007, uma queda nas exportações para os Estados Unidos, o que não ocorreu. Ao contrário, em 2008, subiram 14%, de janeiro a agosto, em relação a igual período de 2007. O secretário comentou que não houve queda nas vendas brasileiras para nenhum mercado este ano. As exportações cresceram 68% para a China, 35% para a Argentina e 25,8% para a União Européia.

A matéria é de Renata Veríssimo, publicada no jornal O Estado de SP, adaptada e resumida pela Equipe AgriPoint.

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