Tímida: Há cerca de um ano, o Imea informava que a relação de troca boi/bezerro chegava ao nível mais baixo da história, com a venda de um boi gordo de 17 arrobas em junho/15, o bovinocultor de corte do Estado conseguia adquirir apenas 1,70 bezerro. O atingimento deste patamar histórico foi fruto principalmente do momento vivido pelo ciclo pecuário, argumentação que já foi explicitada diversas vezes nos boletins da bovinocultura. Atualmente, a relação de troca boi/bezerro circunda valores próximos a 1,79, número maior que o registrado no ano passado, no entanto, menor que a média histórica, que está em 1,95. Dito isso, fica claro que ocorreu durante os últimos 12 meses uma melhora na situação do pecuarista que realiza somente a recria e engorda, no entanto, essa evolução mostra-se ainda tímida e, com as dificuldades da arroba do boi gordo em experimentar novas altas devido à demanda fraca, esta limitação pode se estender por mais tempo.
– Os preços da arroba do boi gordo e da vaca gorda apresentaram nesta semana pequenas quedas de 0,30% e 0,24%, respectivamente. O preço médio da arroba do macho foi de R$ 132,28 e R$ 125,37 o da fêmea.
– Com desvalorização de 0,66% na semana, o bezerro ficou cotado a R$ 1.256,25/cabeça. Esse é o menor valor desde 22/10/2015.
- O diferencial de base SP–MT apresentou alta de 0,70 p.p., encerrando a semana em 18,25%. Esse aumento deve-se à redução do preço da arroba do boi gordo no Estado.
– O equivalente físico do boi apresentou alta de 1,21%, ficando cotado a R$ 123,55/@. Esse avanço é resultante dos maiores preços pagos pela carne mato-grossense no atacado.
FALTOU: A chuva é um dos pilares da bovinocultura de corte, sua regularidade garante um bom desenvolvimento das pastagens, principal fonte de alimentação dos bovinos em Mato Grosso. Como nota-se no gráfico ao lado, o volume pluviométrico do primeiro semestre de 2016 em algumas cidades mato-grossenses sofreu fortes reduções na comparação anual. Esta queda no volume de chuvas não é novidade, já que agentes de mercado apontavam para a “quebra” em algumas culturas de 2a safra no Estado, como milho e feijão, justificada, sobretudo, pela irregularidade nas chuvas. As pastagens, apesar de terem um poder de recuperação maior, também devem sofrer em 2016 em Mato Grosso. A irregularidade das chuvas no primeiro semestre, aliado/unido a um manejo inadequado/equivocado das pastagens podem compro- meter a engorda de animais, podendo assim agravar a situação de oferta de animais no segundo semestre.
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.
Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).