Mercado Físico da Vaca – 03/06/09
3 de junho de 2009
Mercados Futuros – 04/06/09
5 de junho de 2009

Mercado aposta em aumento de oferta e indicador recua

O mercado continua apostando em aumento de oferta e o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista apresentou recuo de R$ 0,50, sendo cotado a R$ 80,51/@. O indicador a prazo foi cotado a R$ 81,32/@, com desvalorização de R$ 0,46. O mercado físico ainda está pouco movimentado, mas frigoríficos já acenam com novos recuos esperando maior disponibilidade de animais para o abates conforme o frio evolui.

O mercado continua apostando em aumento de oferta e o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista apresentou recuo de R$ 0,50, sendo cotado a R$ 80,51/@. O indicador a prazo foi cotado a R$ 81,32/@, com desvalorização de R$ 0,46.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio

A BM&FBovespa fechou a quarta-feira em baixa. O primeiro vencimento, junho/09 fechou a R$ 81,88/@, com queda de R$ 0,76. A maior variação foi registrada para os contratos que vencem em outubro/09, que fecharam a R$ 87,53/@, com desvalorização de R$ 1,04.

Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 03/06/09

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para outubro/09

O mercado físico ainda está pouco movimentado, mas frigoríficos já acenam com novos recuos esperando maior disponibilidade de animais para o abates conforme o frio evolui. No MS, compradores informam maior tranquilidade nas compras e as escalas começam a ficar mais folgadas.

Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.

Como está o mercado do boi gordo, vaca gorda e reposição de sua região, em relação a preços, oferta e demanda e número de negócios efetivados? Por favor utilize o box de “cartas do leitor” ou clique aqui e acesse nosso formulário para troca de informações sobre o mercado.

No atacado, segundo o Boletim Intercarnes, no geral se observou uma melhor procura pelos distribuidores para garantir mercadoria para o final semana, porém apenas especulações. As ofertas carne com osso deverão permanecer regulares, porém apesar da estabilidade os preços ainda não podem ser definidos como firmes.

Em São Paulo, o traseiro foi cotado a R$ 6,00, o dianteiro a R$ 4,30 e a ponta de agulha a R$ 4,00. Assim o equivalente físico permaneceu inalterado em R$ 76,16/@. Diante do recuo no preço da arroba, o spread (diferença) entre indicador de boi gordo e equivalente recuou para R$ 4,36/@, ficando abaixo da média dos últimos 12 meses (R$ 6,03/@).

Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico

Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 646,62/cabeça, com variação positiva de R$ 3,74. A relação de troca voltou a recuar ficando em 1:2,05.

André Camargo, Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Antonio Pereira Lima disse:

    Apostar que o boi vai aparecer devido ao frio, é o mesmo que trucar com ás na mão, a mais de 1000 anos que junho, julho e agosto são meses com muito frio e pouca chuva, isto todo mundo já espera, poucos estão desprevenidos, e são estes que correm do ás e perdem o tento.

    Hoje temos muitos recursos para enfrentar esta normalidade, o que nos falta é o boi, teremos nos meses de julho e agosto, próximos, a maior falta de oferta de gado gordo da história, o verdadeiro “buraco negro”.

    Portanto, continuem apostando, senhores da indústria, como apostaram que um tempo atráz o produtor estava aumentando a produção de carne, quando na verdade estava detonando o seu plantel para sobreviver, massacrados por pessoas que ainda pensam: “que o dinheiro acaba o boi não”, não digo que acabou, mas diminuiu, e bem mais que o dinheiro. Muitos frigoríficos sairam do mercado pelo excesso de crédito, não souberam aproveitar, não convidaram o seu maior parceiro para sentar na mesa naquele momento de euforia, não incentivaram a produção, preferiram aumentar as suas plantas, e no final todos perderam.

    A gente sabia que alguma coisa estava errada, afinal produtor e frigorífico, um depende do outro, não podia um estar aumentando o seu patrimonio e o outro detonando a sua fonte de renda que é o seu plantel, deu no que deu.

    Vamos consolidar este casamento valorizando o parceiro, na alegria e na tristeza, sem vaidades, sem mentiras, sem egoísmo, sem blefes, vamos criar confiança e correr para o abraço.

    Um abraço

  2. Estêvão Domingos de Oliveira disse:

    Parabéns pela coerência das afirmações, caro Antonio Pereira. Eu tb acredito que haverá uma retração grande da oferta… Em nossa região houve um abate elevado de matrizes e os rebanhos reduziram drasticamente, muitas vezes substituídos por plantações de cana – de – açúcar.

    Entretanto, embora esse cenário possa parecer desalentador, acredito que é o momento do pecuarista sério e profissional trabalhar para colher os resultados, visto que naturalmente o mercado tenderá ao equilíbrio. Dessa vez a balança penderá para o lado dos sobreviventes, aqueles que não se aventuraram e e se mantiveram alertas não se perdendo como muitos naquele mar do crédito fácil.

    Veja os exemplos dos frigoríficos sérios como o Minerva. Estão estáveis. Assim como os produtores que trabalham corretamente, investindo em melhoramento das pastagens, manejo e em bons animais.

    Sucesso a todos.

  3. elton luiz maldaner disse:

    Parabéns!! Sabias e muito bem colocadas as ponderações.

  4. Washington Jorge Neto disse:

    Caro colega, Antonio Pereira Lima faço suas as minhas palavras, eu diria que além de brilhante, foram precisas sua colocações, até quando ficaremos nessa negociação amadora, exploratória, nos tempos de “Cabral”, alias, o que eu gostaria de chamar nossos aliados “indústria” , é realmente a que mais faz força do outro lado da corda do produtor. O que é pior ainda, é que a indústria acredita que cada dia que passa estão se profissionalizando ainda mais nas negociações, que na verdade se configura uma verdadeira brincadeira séria de, cabo de força, a indústria ganharia muito mais sendo nossa parceira, incentivando-nos a produzir o que ela realmente almeja, ou aquele nicho de mercado que ela vende, ao couro saudável, etc..enfim agregaríamos muito mais valor na matéria prima e por seguinte na industrializada. É uma pena que em épocas de globalização, não conseguimos interagir com confiança, reciprocidade com o que deveria ser nosso maior aliado, frente a essas inverdades ambientais que estão nos perseguindo atrapalhando a cadeia como um todo, puxando não apenas a nossa corda como a de todo, e se nós não se unirmos, essas inverdades repetidas várias vezes, vão engessar o nosso crescimento exportador.