Mercado firme no atacado da carne bovina neste semana. O traseiro e a PA recuperaram os preços registrados no início de novembro, acumulando, respectivamente, +8,24% e +15,79% na semana. O dianteiro, apesar de alta de 10,64% na semana, ainda acumula -10,34% no mês. Uma redução no nível de oferta de carne impulsionou a alta, junto com a melhora na demanda, um função do início do mês (maior poder aquisitivo).
Mercado firme no atacado da carne bovina neste semana. O traseiro e a PA recuperaram os preços registrados no início de novembro, acumulando, respectivamente, +8,24% e +15,79% na semana. O dianteiro, apesar de alta de 10,64% na semana, ainda acumula queda de 10,34% no mês. Uma redução no nível de oferta de carne impulsionou a alta, junto com a melhora na demanda, um função do início do mês (maior poder aquisitivo).
A carne é negociada a R$ 4,60 x R$ 2,60 x R$ 2,20 (dianteiro x traseiro x PA). A diferença entre os maiores preços negociados no ano – o que ocorreu próximo a 16 de outubro quando o indicador Esalq/BM&F apontava para o boi a R$ 63,15/@ a vista em SP – e hoje é maior no dianteiro, que acumula queda de 18,75% de lá até hoje. O traseiro, que chegou a ser negociado a R$ 5,00 no pico de preços, hoje está 8,00% abaixo daquele patamar.
Gráfico 1. Evolução das cotações da carne bovina no atacado paulista
A cotação do traseiro 7 cortes, que compreende coxão mole, coxão duro, lagarto, patinho, alcatra, contra-filé e filé mignon, ainda tem uma recuperação tímida no preços, de 1,63% na semana, em função do mercado desaquecido para cortes de menor valor, como o coxão mole, que acumula -7,83%, e o patinho, com -9,48% na semana. A tabela 1 representa os preços e variações negociados no atacado, com base no Boletim Intercarnes. A última coluna faz referência à data em que o atacado negociou nos maiores valores do ano na carne com osso.
Tabela 1. Preços e variações no atacado
Este é um dos menores valores no ano, fator positivo para sustentar a alta nos preços do boi, desde que a melhora se consolide e seja repassada à montante na cadeia. O outro momento em que ocorreu uma redução do spread (13/nov, em R$ 1,23) acabou não tendo impacto positivo nos preços do boi, principalmente porque estavam em queda o Esalq/BM&F e o atacado. Veja a evolução dos dois indicador e o spread entre ambos nos gráficos 2 e 3.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&F x equivalente físico do boi no atacado