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Mercado da carne bovina no atacado – 09/10/06

A carne bovina segue em alta no atacado paulista, com influência positiva da escassez de ofertas e de um volume de vendas considerado bom durante o final de semana. A semana mais curta, devido ao feriado na quinta-feira, reforçou as condições de oferta restrita e demanda ativa, e as cotações abriram a semana em alta na carne com osso.

A carne bovina segue em alta no atacado paulista, com influência positiva da escassez de ofertas e de um volume de vendas considerado bom durante o final de semana. A semana mais curta, devido ao feriado na quinta-feira, reforçou as condições de oferta restrita e demanda ativa, e as cotações abriram a semana em alta na carne com osso.

Na venda casada, o traseiro é negociado a R$ 4,90, 2,08% de alta na semana, o dianteiro entre R$ 3,10 e R$ 3,20, alta de 3,28% e a PA a R$ 2,50, alta de 4,17%. Desde o início do 2º semestre deste ano, as cotações na carne com osso já acumulam variação positiva de, respectivamente, 34,25%, 43,18% e 38,89%. Na vaca, o mercado está cotado a R$ 4,70 no traseiro, R$ 2,90 a R$ 3,00 no dianteiro e R$ 2,40 na PA.

Gráfico 1. Variação das cotações relativa a 01/07


O equivalente de uma arroba de boi negociada no atacado hoje está entre R$ 58,29 e R$ 58,88, de acordo com preços mínimos e máximos da carne com osso, o que representa uma alta de 2,63% na semana. O indicador disponível do boi gordo em SP Esalq/BM&F, cotado a R$ 63,03/@ a vista, está em R$ 4,16 acima do equivalente físico do boi no atacado. O Esalq/BM&F ficou praticamente estável nos dois últimos fechamentos, permitindo que o equivalente físico se aproximasse. Observe no gráfico 2 que, para que o boi siga se valorizando, a sustentação do mercado interno têm papel fundamental.

Gráfico 2. Esalq/BM&F x equivalente físico no atacado e spread


Durante todo o segundo semestre de 2006, esse spread oscilou entre R$ 3,50 e R$ 7,00. Em um período mais curto, como o apresentado no gráfico, o spread médio foi de R$ 4,58.

O mercado de carne desossada teve alta na maioria dos cortes, exceto para a picanha A, que teve baixa de 1,92% na semana e que, ainda assim, trabalha em alta em relação a um mês. A cotação do traseiro 7 cortes acumula alta de 1,61% na semana. No dianteiro, a paleta com músculo acumula alta de 2,33% na semana e 15,79% no mês.

Observe que o frango vem acumulando alta, tanto nas cotações do frango resfriado quanto congelado, que acumula valorização de 10,00% na semana e 22,22% no mês.

Tabela 1. Cotações da carne bovina no atacado


A alta nos preços da carne no atacado vem influenciando os indicadores de inflação, conforme já foi observado anteriormente. O IGP-DI, que fechou setembro com alta de 0,24%, sofreu contribuição positiva da carne bovina e, em geral, dos itens de alimentação.

Sobre os preços no varejo, a Pesquisa Nacional de Cesta Básica do Dieese identificou uma alta de 4,45% nos preços da carne ao consumidor paulistano em setembro. A variação não é tão representativa quanto no atacado (a média do equivalente físico se valorizou 7,55% no período), mas indica que o consumidor já sente a alta nos preços no atacado. Veja no gráfico 3 a variação dos preços médio em setembro.

Gráfico 3. Variação dos preços médios em setembro, em relação a agosto

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