A semana se iniciou com um volume de negócios inferior à semana passada, em virtude dos preços elevados no atacado. Além disso, apesar de o nível de oferta ainda ser pouco expressivo, não configura falta de mercadoria como na semana passada. A valorização na semana é de 1,09% no traseiro e 4,55% na PA.
O atacado teve uma semana de alta nos preços para carne com osso no traseiro, dianteiro e PA, com cotações em patamares elevados puxadas pela ofertas escassas no mercado paulista. O traseiro é negociado entre R$ 4,60 e R$ 4,70 e o dianteiro, entre R$ 2,90 e R$ 3,00, sendo que até anteontem as cotações do dianteiros estavam firmes em R$ 3,00. A PA está cotada a R$ 2,30. No Rio de Janeiro, os negócios na venda casada ocorrem a R$ 4,60 x R$ 3,00 e a PA a R$ 2,30.
Entretanto, a semana se iniciou com um volume de negócios inferior à semana passada, em virtude dos preços elevados no atacado. Apesar da oferta ainda ser pouco expressiva, não há falta de mercadoria como na semana passada. A valorização na semana é de 1,09% no traseiro e 4,55% na PA. Nos próximos dias, a pouca oferta deve manter os preços estáveis na carne com osso.
O equivalente físico de uma arroba do boi no atacado vale de R$ 54,57 a R$ 55,88 pelas cotações da Intercarnes, e está 1,02% acima de uma semana. O boi em São Paulo está com os preços em alta, com o indicador Esalq/BM&F cotado a R$ 59,39/@ a vista, R$ 3,52 acima do equivalente físico. Acompanhe no gráfico 1 a evolução do equivalente físico do boi e do indicador Esalq/BM&F.
Gráfico 1. Esalq/BM&F x Equivalente físico do boi no atacado
Cotações no atacado em 19/09/06
O atacado já acumula valorização mais de 30% no equivalente físico no segundo semestre. O boi, no mesmo prazo, acumula alta de mais de 20% no indicador Esalq/BM&F boi/SP, com as cotações puxadas pela oferta escassa de boi terminado.
De acordo com os preços da carne ao consumidor em São Paulo, pesquisados pelo Dieese, o varejo em agosto começou a absorver esta mudança. De julho para agosto, o preço da carne ao consumidor subiu 3,26%. No ano passado, a maior variação na carne calculada pelo Dieese foi de 6,95%, entre setembro e outubro. No atacado, o preço médio do equivalente físico subiu 14,09% de julho para agosto deste ano.
O gráfico abaixo compara os preços relativos da carne bovina no atacado e no varejo (Dieese), utilizando os preços de janeiro/04 como base 100. Veja que as margens mais amplas que o vareja trabalha em relação ao atacado (comparado a janeiro de 2004) começam a se reduzir, aproximando-se do mês base (janeiro/04).
Gráfico 2. Preços relativos da carne no varejo e atacado (janeiro/2004=100)
Já no atacado, desde o início de setembro, a carne bovina vem influenciando a alta dos preços em SP. O IGP-M do primeiro decênio de setembro, que teve elevação de 0,21%, sofreu influência positiva de 4,74% da carne bovina nos preços por atacado. O primeiro decênio compreende o intervalo entre os dias 21 e 31 do mês anterior.