Mesmo após a entrada da entressafra e trabalhando com nível de oferta reduzido, a carne bovina teve outra semana cujos preços recuaram no atacado em São Paulo. Até o início de agosto, a redução nas ofertas de carne bovina provocaram uma alta considerável no mercado, entretanto, com consumo abaixo das expectativas, o mercado rapidamente perdeu sustentação e recuou para o patamar atual de preços.
Mesmo após a entrada da entressafra e trabalhando com nível de oferta reduzido, a carne bovina teve outra semana cujos preços recuaram no atacado em São Paulo. Nos negócios 1×1, o traseiro está cotado a R$ 4,10, 2,38% desvalorizado na semana; o dianteiro está cotado de R$ 2,60 a R$ 2,70, estável na semana. A ponta de agulha do boi está cotada a R$ 2,20, queda de 4,35%. O dianteiro tem melhor procura, e teve uma pequena recuperação no preço hoje.
Ainda assim, o mercado trabalha com preços acima de um mês atrás. Até o início de agosto, a redução nas ofertas de carne bovina provocaram uma alta considerável no mercado, entretanto, com consumo abaixo das expectativas, o mercado rapidamente perdeu sustentação e recuou para o patamar atual de preços. Veja a evolução dos preços da carne com osso no gráfico 1.
Gráfico 1. Evolução dos preços (máximos) da carne com osso no atacado em São Paulo
Gráfico 2. Valorização do Esalq/BM&F e do equivalente físico no atacado em relação a 10/07
Preços da carne bovina no atacado
Apesar do aumento de 41% no consumo de alimentos pela classe C (informação do Datafolha), retratada por Luiz Alberto Marinho, no Espaço Aberto do BeefPoint (clique para ver o artigo), o mercado da carne bovina pouco tem se beneficiado deste crescimento na renda e na demanda. Entre os fatores que influenciam a demanda por carne bovina no mercado interno, os números indicam que a concorrência com outras carnes exercem influência negativa no consumo.
Segundo o Avisite, a oferta interna de carne de frango aumentou 9,08% de janeiro a julho de 2006, em um total de 3,385 milhões de toneladas, o que representa cerca de 281 mil toneladas a mais no mercado interno.
Este número só não foi maior devido à capacidade do setor avícola de ajustar a produção rapidamente, com a queda nas exportações de frango. De janeiro a julho, as exportações caíram 21% para o frango inteiro e 8% para os cortes de frango. Entretanto a Abef (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos) já alertou para o aumento do alojamento de matrizes em junho e julho, fator preocupante por indicar um aumento na produção.
Na caso da carne suína, de acordo com a Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína), a produção de carne deverá registrar um crescimento de 4,5% em 2006, para o total de 2,82 milhões de toneladas, 122 mil toneladas a mais do que 2005. De janeiro a julho de 2006, as exportações de carne suína caíram 28,84%. Ou seja, neste período, a indústria de suínos exportou 101.801 a menos que 2005.