O aumento da oferta de animais terminados é confirmada no elo seguinte. De acordo com a Intercarnes, um excedente de carne no atacado paulista vem aumentando em relação à semana passada. O atual período do mês não é o mais favorável para haver uma elevação na oferta, afinal, é cíclico: no final do mês o poder aquisitivo é menor e favorece esse desequilíbrio.
O aumento da oferta de animais terminados é confirmada no elo seguinte. De acordo com a Intercarnes, um excedente de carne no atacado paulista vem aumentando em relação à semana passada. O atual período do mês não é o mais favorável para haver uma elevação na oferta, afinal, é cíclico: no final do mês o poder aquisitivo é menor e favorece esse desequilíbrio. Desta forma, o consumo não reage de forma a amortecer o efeito da elevação da oferta de carne.
Apesar do pequeno excedente gerado, forçando um recuo nos preços, os patamares ainda estão elevados, e é necessário ressaltar que na semana passada ocorreram recordes de cotações no atacado, com negócios ocorrendo a R$ 5,00 x R$ 3,20 x R$ 2,60. A desvalorização na semana é de 5,05% no traseiro, que está cotado a R$ 4,70 e 6,25% no dianteiro, cotado a R$ 3,00, na venda casada (1×1). A ponta de agulha se desvalorizou 7,69% na semana, para R$ 2,40.
Em relação ao início do segundo semestre, o traseiro ainda acumula alta de 28,79%, o traseiro 36,36% e a PA 33,33%. Veja a evolução das cotações da carne bovina no atacado, representada no gráfico 1.
Gráfico 1. Evolução das cotações no atacado
Considerando apenas o segundo semestre do ano, o spread entre os dois indicadores oscilou entre R$ 3,00 e R$ 7,00. Isso significa que o boi está barato em relação aos negócios no atacado se comparado com outros momentos considerando este período.
Por este tipo de análise, o mercado interno ainda dá fôlego para o indicador do boi. Entretanto, é necessário observar que a “distância média” entre os preços no atacado e o boi varia dependo do período considerado, podendo ser até mesmo negativa, como ocorreu entre setembro e novembro do ano passado. Os gráficos 2 e 3 representam a evolução dessa relação.
Além disso, há a possibilidade de a diferença aumentar com o recuo das cotações no atacado, como vem acontecendo nessa semana. Uma possível recuperação dos preços no atacado somente é esperada para o início de novembro.
Gráfico 2. Esalq/BM&F x equivalente físico no atacado
Tabela 1. Cotações no atacado