Síntese agropecuária BM&F – 31/07/2006
31 de julho de 2006
Exportações de carne in natura crescem 7,2% em julho
2 de agosto de 2006

Mercado da carne bovina no atacado – 31/07/06

Os efeitos da entressafra do boi já se fazem sentir no mercado de carne bovina no atacado. As ofertas, que já tiveram redução expressiva na semana anterior, são ainda menores até o início desta semana. Mesmo com o consumo apresentando pouca reação, em comparação ao início deste mês, o mercado se mostra firme.

Na carne com osso, o traseiro teve alta de 5,19% na semana, cotado na faixa de R$ 4,00 a R$ 4,10 nos negócios 1×1. O dianteiro, com alta de 8,33% na semana, é negociado a R$ 2,60 (1×1). A ponta de agulha acumula variação mais significativa (+8,33% na semana), atualmente cotada a R$ 2,20, indicando boa demanda pela indústria. O gráfico 1 representa a evolução dos preços máximos para o traseiro.

Gráfico 1: evolução do traseiro no atacado


O equivalente físico, hoje cotado na faixa de R$ 48,30 a R$ 49,02/@, acumula alta de 7,03% na semana e dá suporte à valorização de 5,63% no mesmo período ao indicador Esalq/BM&F. O boi no físico hoje está em R$ 54,22/@, o maior valor desde o início do ano, e R$ 5,20 acima do equivalente. O gráfico 2 representa a evolução do indicador e o equivalente no atacado.

Gráfico 2: evolução do indicador Esalq/BM&F x equivalente físico no atacado


Os mesmos fatores atribuídos à carne com osso conduziram os cortes desossados a uma alta significativa na última semana. De cortes de traseiro, destaque para a alcatra inteira, que acumulou alta de 8,97% na semana, hoje cotada entre R$ 7,80 e R$ 8,00/kg. A cotação do “traseiro sete cortes” (coxão mole, coxão duro, lagarto, patinho, alcatra, contra-filé e filé mignon) está hoje na faixa de R$ 5,60 a R$ 5,65/kg. Veja no gráfico 3 a variação média na semana nos cortes de carne bovina, negociados no atacado em São Paulo.

Gráfico 3: variação dos preços nos cortes desossados na semana


Preços no atacado em 31/07/06


Tendo em vista que o consumo apresentou pouca reação em relação ao início do mês, a redução nas ofertas de carne bovina foi o grande responsável pela melhora deste mercado na última semana.

Hoje, entramos em agosto. A boa notícia é que, além de ser início de mês – período de recebimento dos salários – encerram-se as férias escolares, o que deve contribuir para aumentar o consumo de carne. Aliado a isso, não há expectativa de elevação das ofertas para a próxima semana, o que deve manter preços firmes, podendo se valorizar ainda mais.

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