A vaca gorda acompanhou o ambiente firme no físico e teve valorização um pouco abaixo do boi na maioria das praças, sendo o noroeste paulista - onde a valorização foi de R$ 4,00 para ambos na semana - a principal exceção. No geral, das 24 praças levantadas pelo iFNP 11 fecharam a semana em alta e 2 em baixa.
A vaca gorda acompanhou o ambiente firme no físico e teve valorização um pouco abaixo do boi na maioria das praças, sendo o noroeste paulista a principal exceção. No geral, das 24 praças levantadas pelo iFNP 11 fecharam a semana em alta e 2 em baixa. No noroeste paulista, a vaca teve alta de R$ 4,00 na semana, e está cotada a R$ 51,00/@ a prazo, sendo a praça com a reação mais significativa nos preços. Em termos relativos, a alta é de 8,51% na semana na vaca, superior ao boi, de 7,55%.
Feira de Santana/BA, exceção, fechou em baixa de 3,77% a semana. Como estava com preços acima das principais praças, com a baixa encostou nos preços do noroeste de SP.
Gráfico 1. Variação das cotações do boi e da vaca na semana
Gráfico 2. Evolução das cotações da vaca gorda em MS, SP e SP
No atacado, o traseiro da vaca é negociado a R$ 4,40, alta de 7,32% na semana, o dianteiro a R$ 2,20 (4,76%, alta menos significativa) e a PA a R$ 2,00 (+11,11% na semana).
O equivalente físico da vaca vale no mercado paulista R$ 48,45, alta de 6,92% na semana, um pouco mais contida pela inércia ainda do dianteiro. O interessante é que, no mesmo período, o boi teve uma valorização mais forte que a vaca no atacado. Há uma diferença média entre R$ 3 e R$ 4 entre o equivalente físico da vaca e do boi no atacado, sendo que com as atuais cotações está atualmente em R$ 6,98. Com isso, se a alta na carne bovina se mantiver, a tendência é que a vaca acompanhe.
Gráfico 3. Equivalente físico do boi e da vaca gorda no atacado paulista
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Acompanho semanalmente, as publicações do BeefPoint, que me norteiam em decisões de venda tanto para o mercado de carne bovina, como para vendas de gado em pé, para recria, e analiso os artigos do Otavio A. Negrelli, sempre procurando tirar o máximo deles.
Neste momento gostaria de levantar um questionamento, a respeito dos patamares de preço do Boi e da Vaca, o porque da diferença histórica de preço entre ambos. Para exemplo, peguei o período de 01 de setembro a 17 de outubro de 2006, o boi apresentou uma variação de R$ 51,00 a R$ 60,00, e a vaca, de R$ 47,00 a R$ 56,00, ou seja a arroba de vaca permanece sempre, em média R$ 4,00 abaixo do preço da arroba do boi.
Na compra da carne bovina, nos supermercados, ou em açougues, você compra os cortes de carne, uma maminha, um corte de alcatra, alguns quilos de bisteca, mas em nenhum deles existe a distinção sobre o sexo do animal, se é de boi ou vaca. A qualidade da carne, é a mesma, na compra pelo frigorífico, o diferencial de preço, já existe, em virtude do tamanho do animal, um boi você abate em torno de 16 a 19 arrobas e uma vaca, em torno de 12 a 15 arrobas. Então, porque penalizar o produtor de fêmeas para abate, ainda mais, em cima do diferencial de preços machos versus fêmeas, se na venda do produto industrializado, o preço é o mesmo?
Gostaria que esta minha correspondência levantasse mais argumentações em cima do assunto, que merece ser discutido, e que por longos anos, vem retirando renda do produtor de fêmeas para abate.
Caro Cesar,
Acho que você tem plena razão nas suas observações.
Acredito que deve haver muitas outras argumentações que seriam imbatíveis e convencíveis, como por exemplo, na minha preferência uma rês de 12 arrobas, como uma novilha, tem carne muito mais saborosa e macia do que uma rês de 18 ou 20 arrobas.
A palatabilidade e a maciez são tão sensíveis que somos convidados a questionar a procedência, o peso e o sexo daquele animal de onde proveio tal carne.
Penso que este tipo de novilha com cerca de 12 arrobas deve valer muito mais que um boi pesado, além do mais não tem carne de segunda, é tudo de primeira!