O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista foi cotado a R$ 90,77/@. O indicador a prazo também recuou nesta segunda-feira, sendo cotado a R$ 91,71/@, com variação negativa de R$ 0,36. A semana começou com muitos frigoríficos fora das compras ou com preços que não estimulam negócios, e assim o mercado teve uma segunda-feira bastante lenta.
O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista foi cotado a R$ 90,77/@, baixa de R$ 0,34. O indicador a prazo também recuou nesta segunda-feira, sendo cotado a R$ 91,71/@, com variação negativa de R$ 0,36.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
Segundo o broker de mercado Rodrigo Brolo, da Terra Futuros, “o mercado futuro continua sensível ao movimento de queda do mercado físico, em especial da carne no atacado. Depois do traseiro atingir o pico de R$6,30/kg, hoje ele é vendido a R$5,50/kg, deixando o mercado bem fraco. Muitos frigoríficos estão fora das compras, pois quanto mais se coloca carne no atacado, mais ele cai. Tendência continua de queda para os próximos dias”
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 21/07/08
No atacado da carne bovina os preços voltaram a recuar. As cotações dos três cortes primários apresentaram retração de R$ 0,10 nesta segunda-feira, com o preço traseiro ficando em R$ 5,60, do dianteiro em R$ 4,60 e da ponta de agulha em R$ 4,10. Assim o equivalente teve baixa de 1,96%, sendo calculado em R$ 75,23/@. O spread (diferença) entre indicador de boi gordo e equivalente físico subiu para R$ 15,55/@, esta é uma das maiores diferenças registradas para este índice. A média dos últimos 12 meses é de R$ 7,3/@.
Gráfico 2. Spread entre indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista e equivalente físico
“Isto configura a continuidade da pressão inflacionária dos preços agropecuários (principalmente os produtos de origem animal), que têm aumentado mais que os indicadores globais da inflação brasileira”, dizem os pesquisadores responsáveis pela análise.
Por produto, as maiores altas foram registradas nos preços do tomate para mesa (37,30%), laranja para indústria (22,70%), soja (13,42%), carne de frango (10,53%), carne bovina (8,85%), milho (7,77%) e leite tipo C (5,86%).
De acordo com o estudo do IEA, a redução da oferta de animais para abate, por parte dos pecuaristas, forçou os frigoríficos a pagarem mais pelo boi gordo, porém com menor intensidade que nos períodos anteriores. Os frigoríficos adquiriram um volume maior de animais de outros Estados. As demais carnes apresentaram a mesma tendência. Com as altas nos preços das três carnes, diminui o poder do consumidor para exercer pressão baixista, migrando de um produto para outro.
Na reposição, o indicador Esalq/BM&F bezerro MS à vista voltou a recuar, sendo cotado a R$ 754,28/cabeça (-R$ 0,23). Porém o recuo ainda não foi capaz de alterar a relação de troca que permanece em 1:1,99.
André Camargo, Equipe BeefPoint
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Vejam a confusão do mercado, minhas dúvidas são:
A BM&F fechou em alta, o primeiro vencimento julho subiu ,se os frigoríficos já fizeram escala para uma semana comprando mais barato, se daqui uma semana termina o mês porque julho subiu?
Segundo Rodrigo Brolo o mercado futuro continua sensível ao movimento de queda, principalmente no atacado que continua com tendência de queda. O mercado está tão sensível que julho subiu, agosto subiu e outubro teve valorização.
A semana começou com muitos frigoríficos fora das compras ou com preços desestimulantes, mas num passe de mágica em São Paulo conseguiram comprar bem e alongar as escalas.
Outro fator baixista é o abate dos bois dos próprios frigoríficos, será que é uma doação para o fome zero, ou são empresários portugueses, primeiro baixa o preço depois vende o deles?
Segundo o IEA, depois de todas as notícias acima de queda de preço, a carne e o leite puxaram os preços agrícolas no campo, e segundo os pesquisadores, isto configura a continuidade da pressão inflacionária dos produtos agropecuários.
O mesmo Instituto afirma que os pecuarístas ofertaram menos e os frigoríficos foram obrigados a pagarem mais pelo boi gordo, mesmo conseguindo adquirir um volume maior de carne, a carne de boi subiu, junto com as outras duas ,que a meu ver deve ser frango e porco, o que deixa o coitado do consumidor sem saida para migrar para outro produto.
Os frigoríficos estão perdendo R$15,00@, ou R$262,00 por um boi de 17,5@, será que a nossa tão falada carne, que o produtor tanto é cobrado para que melhore ainda mais a sua qualidade, virou subproduto do boi?
E durma com um barulho deste.
Aparentemente estamos assistindo ao velho filme novamente, estamos em plena seca, e os frigorificos sabem muito bem disso, é a hora de forçar os preços para baixo, os indicadores que temos, é que houve diminuição do rebanho, assim sendo não haveria razões para o recuo de preços, porém, estamos no Brasil, e estamos começando a perder a queda de braços com o grande cartel, e rezarmos para que até o final do ano, apenas nos atordoem, e não nos matem de vez.
Fiz um comentário sobre esta matéria e não vi sua publicação,gostaria de receber um e-mail da razão do corte.