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Mercado do boi gordo – 10/11/06

O mercado manteve a retração nas cotações durante a semana, com o indicador Esalq/BM&F fechando na quinta-feira em R$ 55,99/@ a vista, desvalorização acumulada de 3,11% em relação a 1º de novembro. Os preços no mercado físico já são próximos dos praticados em meados de agosto, quando o mercado, que estava em alta, ensaiou uma estabilização e retomou a tendência.

O mercado manteve a retração nas cotações durante a semana, com o indicador Esalq/BM&F fechando na quinta-feira em R$ 55,99/@ a vista, desvalorização acumulada de 3,11% em relação a 1º de novembro. Os preços no mercado físico já são próximos dos praticados em meados de agosto, quando o mercado, que estava em alta, ensaiou uma estabilização e retomou a tendência. Em relação a 16 de outubro, quando o físico atingiu seu pico no ano, o Esalq/BM&F está 11,34% desvalorizado.

O dólar permaceu estável no período, e o indicador Esalq/BM&F em dólares caiu para US$ 26,16/@ (-3,12% na semana). Veja no gráfico 1 a evolução do indicador em R$/@ e US$/@. Os valores em dólares são representados no eixo secundário.

Gráfico 1. Evolução do indicador Esalq/BM&F em R$/@ e US$/@


O atacado recuperou parte das cotações com uma melhora nas vendas na semana, entretanto longe de se manter firme e com ofertas reduzidas como estava até meados de outubro. A oferta no atacado já não é tão expressiva, mas continua mantendo o mercado mais frouxo.

Em relação ao mercado físico do boi, os preços no atacado estão até bem valorizados. O equivalente físico do boi no atacado está em R$ 54,38/@, apenas R$ 1,62 abaixo do Esalq/BM&F (veja o artigo Mercado da carne bovina no atacado – 10/11/06). Em relação a 01/novembro, o equivalente físico acumula alta de 2,46%.

Desde o início do segundo semestre de 2006, o spread (Esalq/BM&F – equivalente físico) oscilou entre R$ 3,00 e R$ 6,50, mostrando que o mercado interno está mais vantajoso para os frigoríficos em relação ao que estava em outros momentos dentro deste período. Nas exportações, apesar do bom até outubro deste ano, há indicações de desaquecimento recentemente, especialmente para UE, Rússia e Egito.

A retração mais expressiva na semana ocorreu no mercado futuro. Os contratos do boi gordo na BM&F tiveram dois dias de queda expressiva. O primeiro vencimento acumula em 7 dias queda de 4,32% e ainda está R$ 2,35 abaixo do Esalq/BM&F e dez/06 queda de 4,36%. Para a safra do ano que vem, maio/07 é negociado a R$ 50,47/@ (-3,65% na semana), 4,00% acima do valor de encerramento do contrato para maio/06.

Em uma semana, os contratos em aberto no mercado futuro aumentaram em 782 posições, apesar da aproximação do encerramento do nov/06, que concentra o maior número de contratos em aberto. O contrato para dezembro/06 aumentou em 400 posições e para maio/07, em 547. A pessoa jurídica financeira aumentou 651 posições na venda dentro do período analisado, de 3.087 para 3.738, uma mudança bastante significativa.

Tabela 1. Contratos em aberto no mercado futuro do boi gordo


Em 17 das 24 praças levantadas pelo iFNP, a cotação do boi teve queda, sendo que as mais significativas ocorreram no MS e Goiânia/GO. Em Dourados/MS, houve recuo de R$ 3,00 na semana, e fechou quinta-feira cotado a R$ 55,00/@ a prazo. Em Campo Grande e Três Lagoas/MS, a queda acumulou R$ 2,00, para, respectivamente, R$ 54,00/@ e R$ 55,00/@.

Em GO, estado forte em confinamento, Goiânia teve retração de R$ 3,00, para R$ 56,00. Em tendência oposta às outras regiões do Brasil, a praça paraense Paragominas está aquecida, com o boi cotado a R$ 50,00/@, e acumulando alta de R$ 1,00 na semana e R$ 4,00 acima das duas outras praças paraenses cotadas pelo iFNP. No jornal Valor Econômico de hoje, uma notícia informou que os embarques de gado em pé no porto de Belém do Pará já está gerando problemas ambientais.

Gráfico 2. Evolução dos preços do boi gordo em Dourados/MS e Goiânia/GO


Fonte: iFNP, Esalq/BM&F, Intercarnes, Bacen, elaboração BeefPoint

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