Rubaiyat e Yakult apresentam projeto de Kobe Beef
13 de dezembro de 2006
Crise e rigidez de normas elevam desemprego rural
15 de dezembro de 2006

Mercado do boi gordo – 13/12/2006

O mercado do boi gordo voltou a recuar nessa semana, após altas na semana passada. Na segunda-feira 11/12, o indicador Esalq/BM&F fechou cotado em R$ 54,97/@, recuando para R$ 54,00/@ na quarta-feira, 13/12. Comparando-se com os preços praticados em novembro e outubro, as reduções foram de 2,8% e 14,5%, respectivamente. Em 16/10/2006 o indicador Esalq/BM&F alcançou o maior valor do ano, R$ 63,15/@.

O mercado do boi gordo voltou a recuar nessa semana, após altas na semana passada. Na segunda-feira 11/12, o indicador Esalq/BM&F fechou cotado em R$ 54,97/@, recuando para R$ 54,00/@ na quarta-feira, 13/12. Comparando-se com os preços praticados em novembro e outubro, as reduções foram de 2,8% e 14,5%, respectivamente. Em 16/10/2006 o indicador Esalq/BM&F alcançou o maior valor do ano, R$ 63,15/@.

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&F


Na reposição, a semana foi de estabilidade, com o indicador Esalq/BM&F para bezerro cotado em R$ 365,99/cabeça, queda de 0,5%. A relação de troca se mantém praticamente estável em 1:2,43.

Em dólares, o boi gordo se mantém praticamente estável na semana, cotado a US$ 25,17/@, tendo o indicador Esalq/BM&F como referência para cálculo. Em relação a 16/10, a arroba em dólares se desvalorizou 15%.

Tabela 1. Principais indicadores


No mercado físico, das 24 praças levantadas pelo iFNP, houve queda em 3 praças (Noroeste SP, Dourados/MS e Feira de Santana/BA). As praças do MT (Cáceres, Barra do Garças e Cuiabá), Sul de GO, Triângulo MG, Pará (Marabá, Redenção e Paragominas), Araguaína/TO e Açailândia/MA tiveram altas. Nas 11 praças restantes houve estabilidade.

Tabela 2. Cotações do boi gordo


No mercado atacado da carne bovina, os preços do dianteiro tiveram recuo de 7,4% e a PA teve alta de 4,4%. O equivalente físico está cotado em R$ 53,15/@, apenas R$ 0,86/@ abaixo do indicador Esalq/BM&F. O spread (diferença entre o equivalente e indicador) aumentou um pouco essa semana, mas continua muito abaixo da média dos últimos anos. Isso significa que os preços da carne bovina no atacado, em teoria, permitem aumento do preço da arroba.

Gráfico 2. Spread Indicador Esalq/BM&F e Equivalente físico


Mesmo com os preços do atacado ainda favorecendo novas altas do boi gordo, as ofertas aumentaram na última semana, alongando as escalas, que aumentaram em média, quase dois dias em uma semana, com destaque para SP, MS e TO. A oferta de boi gordo para o abate ainda é o principal fator influenciador no preço do boi gordo. A demanda por carne bovina influencia muito menos na formação do preço do boi gordo.

Tabela 3. Cotações da carne bovina no atacado


No mercado futuro a semana foi de baixas expressivas, com queda média de R$ 0,91/@, com destaque para os vencimentos mais curtos, dezembro/06 e janeiro/07 que caíram mais de R$ 1,30/@. Segundo Rodrigo Brolo da Intercap, “no curto prazo o mercado futuro deve continuar pressionado, principalmente por conta do tradicional aumento de ofertas que ocorre no começo de janeiro”. Veja a notícia sobre o mercado futuro, fechamento de 13/12/2006.

Nessa semana o IBGE publicou a Pesquisa da Pecuária Municipal – PPM, registrando um aumento de apenas 1,3% no efetivo de animais em 2005, sobre o ano anterior. Entre 2000 e 2004, o rebanho bovino brasileiro cresceu sempre mais de 3%, ultrapassando os 5% em 2002 e 2003. Vale lembrar que a redução da informalidade do setor (não quantificada) influencia positivamente nos números do IBGE, inflando os números. Por esse motivo, afirma-se que o rebanho brasileiro não apenas cresceu, mas também “apareceu”. Outros pontos interessantes da pesquisa do IBGE é a indicação de que o rebanho de estados importantes, como MS, MG, SP e RS, decresceu. Por outro lado, os estados mais ao norte do Brasil como MT, GO, PA e RO cresceram. Leia o estudo completo aqui.

O outro fator que influencia na oferta de bovinos é a adoção de tecnologia, que está relativamente estável desde 2005. O mercado de suplementação mineral, por exemplo, deve terminar 2006 no mesmo patamar de 2004 e 2005. Ou seja, mesmo com o aumento do rebanho, o uso de insumos não cresceu.

Os comentários estão encerrados.