O mercado do boi gordo teve mais uma semana de baixa. O indicador Esalq/BM&F fechou a terça-feira cotado em R$ 55,56/@, queda de 1,84% na semana. O dólar teve pequena valorização na semana, baixando a cotação em dólares do boi gordo, cotado a US$ 25,81/@, queda de 2,7% na semana. A cotação do boi gordo em dólares, um dos indicadores que mais pressionam os preços atualmente, vem caindo nas últimas semanas, acumulando recuo de 12,4% no mês.
O mercado do boi gordo teve mais uma semana de baixa. O indicador Esalq/BM&F fechou a terça-feira cotado em R$ 55,56 /@, queda de 1,84% na semana. O indicador Esalq/BM&F para bezerro fechou praticamente estável, cotado a R$ 369,58/cabeça. O dólar teve pequena valorização na semana, baixando a cotação em dólares do boi gordo, cotado a US$ 25,81/@, queda de 2,7% na semana. A cotação do boi gordo em dólares, um dos indicadores que mais pressionam os preços atualmente, vem caindo nas últimas semanas, acumulando recuo de 12,4% no mês.
Gráfico 1. Esalq/BM&F em R$/@ e US$/@
Gráfico 2. Evolução do mercado futuro (nov/06 e mai/07)
No mercado atacado, a carne bovina teve pequena baixa na semana, com recuo do dianteiro. O equivalente físico caiu 1,1%, para R$ 53,79/@. Como o indicador Esalq/BM&F caiu ainda mais, a diferença entre o equivalente físico e indicador Esalq/BM&F caiu novamente na semana, fechando em R$ 1,77/@. O valor mais baixo do spread em 2006 ocorreu nessa segunda-feira, 13/11. Isso indica que os preços da carne bovina no atacado dão sustentabilidade para aumentos da cotação do boi gordo.
Gráfico 3. Spread indicador Esalq/BM&F x equivalente físico do boi
Com a segunda quinzena de novembro, o número de animais confinados diminui a cada dia, favorecendo possíveis altas nos preços do boi gordo. Em várias regiões do Brasil as chuvas chegaram mais cedo esse ano, mas ainda não há volume significativo de animais de pasto para abate. Com isso, as escalas encurtaram em vários estados brasileiros na última semana, reforçando a possibilidade de alta de preços do boi gordo. É provável que tenhamos um “vazio” de animais para abate no final de novembro e início de dezembro.
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Lamentável o uso de uma ferramenta que foi criada para proteger a produção – o mercado futuro – se prestar a atender à voracidade de ganhos dos compradores de boi gordo, que desavergonhadamente manipulam as cotações, comprando e vendendo contratos para conduzir as cotações aos valores por eles desejados. Este mau uso de uma ferramenta útil e o referenciamento dos preços da arroba do boi em dolares, como se o mercado de câmbio de hoje não estivesse totalmente enviesado e pudesse servir para comparar preços numa série histórica, estão sendo tão ou mais danosos à pecuária de corte do que a própria febre aftosa. É triste, muito triste!
Deniz Ferreira Ribeiro
Produção de gado de corte
Águas de Sta. Barbara/SP
Ribas do Rio Pardo/MS