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Mercado do boi gordo – 19/04/07

Nessa semana, o indicador Esalq/BM&F boi gordo SP caiu 1,19%, valendo R$ 55,61/@. O indicador Esalq/BM&F bezerro MS subiu novamente (1,02%), para R$ 410,35/cabeça, levando a relação de troca para 1:2,24. A cotação do dólar recuo novamente, para R$ 2,030, com isso a arroba vale hoje US$ 27,39, baixa de 0,9% na semana.

Nessa semana, o indicador Esalq/BM&F boi gordo SP caiu 1,19%, valendo R$ 55,61/@. O indicador Esalq/BM&F bezerro MS subiu novamente (1,02%), para R$ 410,35/cabeça, levando a relação de troca para 1:2,24. A cotação do dólar recuo novamente, para R$ 2,030, com isso a arroba vale hoje US$ 27,39, baixa de 0,9% na semana.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio


Os preços do bezerro estão se distanciando cada vez mais da cotação do boi. Invernistas no MT já reclamam da situação e acreditam que em poucos dias o mercado irá “travar” (leia a notícia).

Gráfico 1. Relação de troca, bezerros por boi gordo (16,5@), desde 19/04/2006


Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista, em dólares


No mercado futuro, a semana também foi de queda, com recuos em todos os contratos. Maio/07 vale R$ 53,22/@, queda de R$ 0,87 na semana. Abril/07 teve menor queda, R$ 0,01/@. Outubro/07 vale R$ 60,47/@, valor R$ 0,78 menor que há uma semana.

Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 19/04/2007 em relação a 12/04/2007


Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&F à vista e contrato futuro maio/07, desde 19/04/2006


No atacado da carne bovina, os preços do traseiro e dianteiro tiveram forte recuo, reduzindo o equivalente físico em 5,43%, para R$ 47,85/@, R$ 7,76 abaixo do indicador Esalq/BM&F.

Tabela 3. Cotações no atacado de carne bovina


Gráfico 4. Spread entre indicador e equivalente físico, desde 02/01/2006


No mercado físico, estabilidade na maioria das praças levantadas. Cáceres/MT, Pimenta Bueno/RO e Rio Branco/AC tiveram reajustes positivos. Veja no quadro abaixo as variações das cotações em todo o Brasil em relação a 12/04/2007.

Tabela 4. Cotações com variação relativa a 12/04/2007




O mercado do boi segue muito pressionado. O preço de reposição continua alto, subindo semana a semana. O leitor Antonio Pereira Lima, de Campo Grande, MS, reporta que a procura diminuiu um pouco, talvez por acreditarem que os preços de reposição irão recuar em maio. Os preços do bezerro influenciam o mercado no curto prazo, pois o pecuarista não se anima em comercializar muitos animais com a reposição próxima de 1:2,20 e no médio prazo, gerando escassez futura de gado gordo.

O dólar, com sua constante queda, diminui a competitividade da carne brasileira no exterior, apesar do preço não ser dos melhores em R$. Será que o mercado internacional irá “suportar” aumentos significativos de cotações, devido ao aumento de preços do boi gordo brasileiro em dólares, que representam cerca de 30% do comércio mundial de carnes? Vale a pena analisar o que aconteceu recentemente com o mercado internacional de leite em pó. Havia um paradigma de que o preço máximo girava entre US$ 2.500-2.600 por tonelada, no momento está em US$ 4.000/toneladas e os negócios continuam ocorrendo. Por favor, deixe sua opinião na seção de cartas do leitor, abaixo.

Há algum fato relevante que esteja acontecendo em sua região e que possa afetar o mercado, positiva ou negativamente? Tem alguma sugestão ou crítica, para nos ajudar a melhorar essas cotações?

Indique contatos dos frigoríficos, escritórios de compra e venda de gado e leiloeiras de sua região. Por favor utilize o box de “cartas do leitor” abaixo.

Muito obrigado por sua participação.

Atenciosamente, Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Antônio Sérgio de Quadros Barbosa disse:

    Equipe Beef Point,

    Estou voltando do Mato Grosso tendo passado pelo Mega Leilão de Água Boa. Os preços do bezerro, garrote e boi magro, subiram assustadoramente, de modo que está inviabilizando a reposição.

    A pressão é de baixo para cima, porque o bezerro está cotado perto de R$ 500,00 e a arroba do garrote a mais de R$ 70,00.

    E, com tudo isso, os frigoríficos estão tentando abaixar o preço da arroba, alegando grande oferta e escalas longas.

    Alguma coisa está errada. Vamos ver de que lado a corda vai arrebentar. O pecuarista tem que parar de oferecer boi gordo até que a situação se defina, ou reajustando a arroba, ou retornando o gado magro aos preços normais de reposição.

    Vamos ver o que vai acontecer. Estamos em maio, pico da safra e mês das desmamas.