O mercado do boi teve mais uma semana de alta. O indicador Esalq/BM&F para boi gordo foi cotado em R$ 59,72, alta de 1,8% na semana, acumulando valorização de 21,68% desde 10/07. Em dólares, o boi gordo acumula alta de 1,85% na semana. No mercado físico, nas 24 praças levantadas pelo IFNP, houve valorização em 21 praças, com destaque para São Paulo, cotado a R$61,00/@.
O mercado do boi teve mais uma semana de alta. O indicador Esalq/BM&F para boi gordo foi cotado em R$ 59,72, alta de 1,8% na semana, acumulando valorização de 21,68% desde 10/07, data do início da valorização do boi gordo. O indicador bezerro/MS da Esalq/BM&F está cotado em R$ 367,30, estável na semana e com valorização de 1,5% desde 10/07. A relação de troca está em 2,68, significativa alta em relação ao dia 10 de julho, quando valia 2,24.
Em dólares, o boi gordo acumula alta de 1,85% na semana e 22,85% desde 10/07, valendo US$ 27,54/@, valor mais alto desde 2002, já tendo ultrapassado os valores máximos de 2005, ocorridos em outubro e novembro.
No mercado futuro, a semana também foi de valorização, com os contratos de setembro e outubro desse ano se valorizando mais de R$1,00/@. Para valores a vista, todos os vencimentos de 2006 estão cotados acima de R$60,00/@. Desde 10/07, os contratos de setembro e outubro se valorizaram mais de 8% e no acumulado do ano mais de 5%. As altas, que foram sustentadas pelos fundamentos no físico, foram interrompidas momentaneamente no último pregão do boi gordo.
Segundo Rodrigo Brolo, do Banco Intercap S.A., há pressão de venda no mercado futuro, provocada parte por frigoríficos travando posições na operação de venda a termo, parte por especulação na bolsa.
Gráfico 1: Evolução do indicador Esalq/BM&F e contratos futuros
Gráfico 2: Cotação do boi gordo desde 10/07/2006
O spread (diferença de preço) entre o indicador Esalq/BM&F e o equivalente físico é de R$3,85/@, em 10/07 essa diferença era de R$6,78/@. No período 2002-06, média do spread é de R$6,83/@, ou seja, em relação à média do período, o boi gordo está barato em relação a carne no atacado.
Gráfico 3: Spread entre indicador Esalq/BM&F e equivalente físico
O valores da arroba do boi gordo já chegou a valores antes não imaginados para esse ano. A pequena oferta de bovinos para abate continua pressionando positivamente os preços. As escalas estão curtas em muitas praças. A média se reduziu em 0,3 dia na semana. Em GO e RO se reduziram em 1 dia e MT em 0,5 dia.
Tabela 1: Valores e variações dos principais indicadores do mercado do boi
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Existe um mercado muito ativo, e voltado quase que totalmente, ao mercado interno, que é o da vaca gorda. Este mercado está mais aquecido que o do boi gordo, e com melhores preços, pois a cada ano que passa existe menos novilhas e vacas para abate, e os açougues e pequenos mercados do país preferem este tipo de mercadoria.
Neste ano eu troquei minha atividade de confinamento para fêmeas, e o resultado tem se apresentado melhor, pois o giro é mais rápido, o custo de aquisição é menor. O único problema está na aquisição, que é mais difícil, não pela quantidade, mas pela falta de uniformidade (raça, peso e idade). Mesmo assim estou satisfeito com a mudança.
No mercado atual, onde todos preferem confinar bois, o mercado de vacas está muito aquecido, pois não existem mais vacas gordas a pasto, e muito poucas nos confinamentos. Como podem ver a tendência, na minha opinião, é que a @ da vaca encoste na do Boi até o final de outubro deste ano.
Outro fator muito importante, são as exigências dos frigoríficos, que exigem bois castrados, rastreados, e com peso mínimo de 16@. No caso da vaca gorda, pode se vender novilhas com um peso mínimo de 10@, desde que estejam gordas. Não há necessidade de rastreamento, etc..
Só para informação, eu vendi o meu último lote nesta semana por R$ 55,50 p/@ à vista, que comparado com os R$ 58,00 p/@ para o boi gordo, nas mesmas condições, mostra ser um negócio melhor.