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Mercado do boi gordo – 28/09/06

O Esalq/BM&F - boi gordo/SP fechou em R$ 60,95/@ em 27/09, 2,06% de alta na semana e já acumula 24,95% no segundo semestre em 2006. Essa é uma variação expressiva, ressaltando ainda que a tendência de elevação nos preços continua firme. Considerando uma série de preços desde 2002, a maior variação entre o início da entressafra e o pico ocorreu no primeiro ano, quando o boi saiu de R$ 40,49/@ e foi a R$ 59,07/@ (+45,89%).

O boi gordo teve uma semana de alta em todos os indicadores. O Esalq/BM&F – boi gordo/SP fechou em R$ 60,95/@ em 27/09, 2,06% de alta na semana e já acumula 24,95% no segundo semestre em 2006. Essa é uma variação expressiva, ressaltando ainda que a tendência de elevação nos preços continua firme.

Em relação à cotação mais baixa neste ano, o indicador acumula variação de 26,32%. Considerando uma série de preços desde 2002, a maior variação entre o início da entressafra e o pico ocorreu no primeiro ano, quando o boi saiu de R$ 40,49/@ e foi a R$ 59,07/@ (+45,89%). O gráfico 1, apresentado abaixo, mostra a evolução deste indicador com as variações máximas com a entrada da entressafra do boi, a cada ano.

Gráfico 1. Evolução do Esalq/BM&F e variações da entrada ao pico da entressafra


Se considerarmos o maior valor negociado na BM&F até o fim do ano (novembro/06 a R$ 63,75), o mercado futuro espera uma valorização de 32% em 2006 em relação ao mínimo de R$ 48,25/@, atingido em maio.

No mercado físico do bezerro, o indicador Esalq/BM&F que mede a variação dos preços do bezerro em MS fechou cotado a R$ 370,32/cabeça em 27/09, uma valorização de 0,82% na semana. Com a menor reação nos preços do bezerro, a reposição está barata em relação ao boi, com a relação de troca pelo indicador Esalq/BM&F em 2,72 boi gordo/bezerro. Esta razão está hoje 23,22% acima do início do segundo semestre. (Clique para ler a análise do mercado de reposição).

O futuro acompanhou a tendência do físico, e vem rompendo patamares máximos no ano nos últimos pregões do boi gordo. Outubro/06 já acumula alta de R$ 0,99 em uma semana, ajustado em R$ 63,59/@. O contrato para setembro/06, que se encerra no fim desta semana, está cotado a R$ 61,00/@. A média dos últimos 5 fechamentos do Esalq/BM&F, utilizada no último dia útil do mês para encerrar o contrato futuro, hoje está em R$ 59,40/@, R$ 60,00 abaixo do setembro/06.

É interessante observar os preços que o mercado futuro acena para 2007. Os vencimentos para julho/07 e outubro/07 estão com um número significativo de contratos em aberto, 564 e 1.061, e ajustados em R$ 61,63/@ e R$ 66,20, respectivamente. Ou seja, julho/07 está ajustado em valor 16,64% acima do encerramento de julho/06 e outubro/07 está 4,10% acima de outubro/06. O gráfico abaixo representa os preços médio da arroba até agosto/06 e os contratos futuros negociados na BM&F para frente.

Gráfico 2. Médias mensais do indicador Esalq/BM&F e contratos futuros


O boi teve variação positiva em 20 das 24 praças pecuárias cotadas pelo iFNP. No MT, em Barra do Garças e Cuiabá a arroba subiu R$ 2,00 na semana, e o boi a prazo está cotado a R$ 58,00/@. Em Goiânia/GO e Três Lagoas/MS, o boi gordo está cotado a R$ 60,00/@ a prazo, alta acumulada de R$ 1,00.

No PA, em Marabá o boi subiu R$ 2,00/@ e fechou em R$ 50,00/@. Este estado é forte exportador de boi em pé. De acordo com o MDIC, de janeiro a agosto de 2006 o PA exportou 72.394 bovinos, 278,41% a mais que no mesmo período em 2005.


Fonte: Esalq/BM&F, Bacen, Intercarnes, iFNP, elaboração BeefPoint

No mercado interno, a carne bovina mantém os preços firmes no atacado paulista, puxados pela escassez de oferta. As vendas casadas ocorrem a R$ 4,70 x R$ 3,00 e a PA R$ 2,30, preços estáveis na semana, com o equivalente físico do boi valendo R$ 55,88/@ e R$ 5,08 abaixo do Esalq/BM&F. Entretanto, já há pretensões de negócios a R$ 4,70 x R$ 3,10 x R$ 2,40 de acordo com a Intercarnes. A carne com osso vendida nessas cotações representa um boi de R$ 57,38/@, apenas R$ 3,58 abaixo da cotação do Esalq/BM&F em 27/09.

O IBGE divulgou os números da pesquisa trimestral de abates, e indicou um crescimento de 2,74% nos abates no segundo semestre. A participação das vacas no total abatido continua expressiva, mas indicando uma redução no ritmo de crescimento. No segundo trimestre, 38,88% dos abates foram de vacas. No primeiro foram 41,03%.

Gráfico 3. Taxa de abate de vacas por trimestre

0 Comments

  1. José Henrique Gimenes disse:

    Muito completo e convincente..