O mercado do boi segue em valorização, com o indicador Esalq/BM&F subindo 1,55% na semana (R$ 56,90/@ à vista). O indicador de preços do bezerro no MS também subiu (0,28%), para R$ 426,06, levando a relação de troca para 1:2,20. Na semana o dólar caiu novamente (-0,89%), levando a arroba em dólares para US$ 29,28, historicamente um valor bastante alto. O mercado futuro indica novas altas, desde 29 de maio, o indicador está abaixo do contrato com vencimento em junho.
O mercado do boi segue em valorização, com o indicador Esalq/BM&F subindo 1,55% na semana (R$ 56,90/@ à vista). O indicador de preços do bezerro no MS também subiu (0,28%), para R$ 426,06, levando a relação de troca para 1:2,20. Na semana o dólar caiu novamente (-0,89%), levando a arroba em dólares para US$ 29,28, historicamente um valor bastante alto. O mercado futuro indica novas altas, desde 29 de maio, o indicador está abaixo do contrato com vencimento em junho, como pode ser observado no gráfico abaixo.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
Tabela 2. Cotações do boi gordo, praças com alterações na semana
Tabela 3. Cotações no atacado de carne bovina
Tabela 4. Exportações de carne bovina in natura
No mercado futuro, a semana foi novamente de forte alta, com o contrato para outubro/07 fechando a quarta-feira em R$ 63,85/@. Usando-se a cotação atual do dólar, isso equivale a US$ 32,85/@. O contrato para junho/07 está cotado em R$ 57,62/@, acima do indicador. Ou seja, o mercado acredita em valorização do preço do boi gordo no curto e médio prazo.
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&F e contratos futuros do boi gordo (valores à vista)
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Graças a Deus, parece que vai melhorar! Por que, a reposição de bezerro o preço que tá, se esse boi não subir, estamos lascados.
Eu recrio e vendo garrote, se o boi não tiver mais alto do que esse no ano que vem, vou ter prejuízos concerteza!
Bom dia, Miguel !
Em Xinguara o boi gordo essa semana ficou em $45,00 (30 dias), com os frigoríficos praticamente sem escala, a vaca $39,00 no mesmo prazo. Continua tendo procura de novilhas por grandes fazendeiros, principalmente os recém chegados na região como o grupo Santa Barbara, que já estão com umas 200.000 cabeças. O bezerro entre $350,00 e $380,00.
Abço
Sergio May
Caro Miguel:
De início, registro minha apreciação pela sua excelente análise mercadológica. Nos oferta números e dados de exatidão cartesiana.
À parte a questão de super oferta de bois para abate, alta produção e produtividade na pecuária de corte, semi-cartelização dos frigoríficos, baixo consumo doméstico, pontuais dificuldades sanitárias – mazelas que acometem a pecuária brasileira – venho sugerir uma consideração que ainda não vi elaborada: me refiro ao dólar!
Nestes meus 40 anos de pecuária, sempre utilizamos a cota de 20 dólares como referência de preço médio da arroba – chegando a US$ 18 é hora de comprar, batendo em US$ 22 é hora de vender – excetuando-se aí eventuais solavancos na cotação do dólar em função de fatos excepcionais na política monetária.
Me ocorre uma observação: alguém já mensurou a inflação da economia americana e a desvalorização de sua moeda, ao longo do tempo? Em, por exemplo, 10 anos, a desvalorização acumulada do dólar pode chegar a 15 ou 20 %. até mais, a depender do período considerado.
E, sem considerar a atual apreciação do real, mas apenas a inflação interna americana e a desvalorização do dólar entendemos que essa cota de aproximadamente US$ 20/@ se tornou irreal, sugerindo novo patamar o qual, no momento, uso para meus cálculos em torno de US$ 30/@.
Levanto esta questão longe de afirmá-la como verdade definitiva, mas com o intúito de suscitar o debate.
Cordialmente,
Antonio Carlos de Sousa Messias
Quem cria e vende tem que rezar para que não ocorra redução na demanda. E para isto mais atenção deve ser dada a problemas como focos de febre aftosa, por exemplo. Tudo deve ser levado com cautela.
A velha e boa lei da oferta e da procura finalmente promete preços melhores; tudo bem, só que, segundo os analistas, economistas e outros muitos “istas”, o boi para empatar com a poupança precisa ser vendido a R$ 80 a @. Será que o Lula vai deixar? Marreta no dólar, comida barata, “às nossas custas”, com o sacrificado, como sempre o produtor rural carregando o país nas costas.
Se analizarmos o cenário da carne no Brasil, nós pecuaristas não temos nada que comemorar, pois nosso produto final depende dos frigoríficos, que não fazem nem se quer a sua lição de casa.
Casos como a suspensão da Rússia, embargos de outros países, aftosa, dólar baixo, só nos deixa como vidraças, que os frigoríficos organizados, estão só esperando para lançar a pedra e dizer que a culpa de tudo isso são os produtores.
Até quando os pecuaristas vão ficar deitados em berço explendido.