Mercado Físico da Vaca – 14/12/07
14 de dezembro de 2007
RS: sindicatos não aprovam a entrada de carne com osso
18 de dezembro de 2007

Mercado futuro: proteção ao criador

A opção de negociar o preço da arroba do boi gordo em bolsa, no mercado futuro, embora ainda não seja popular entre pecuaristas, atrai cada vez mais interessados. Segundo o Relatório Agropecuário Mensal, de novembro, da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o número de contratos futuros negociados de boi gordo saltou de 392.012, em 2006, para 841.613, até o mês passado. Pela comercialização da produção na BM&F, o criador consegue, antecipadamente, fixar um preço de venda remunerador e, com isso, "proteger" o valor da mercadoria. Na linguagem técnica, esta operação é conhecida como fazer hedge. Segundo a BM&F, o mercado futuro é como um seguro contra a oscilação de preços.

A opção de negociar o preço da arroba do boi gordo em bolsa, no mercado futuro, embora ainda não seja popular entre pecuaristas, atrai cada vez mais interessados. Segundo o Relatório Agropecuário Mensal, de novembro, da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o número de contratos futuros negociados de boi gordo saltou de 392.012, em 2006, para 841.613, até o mês passado. Pela comercialização da produção na BM&F, o criador consegue, antecipadamente, fixar um preço de venda remunerador e, com isso, “proteger” o valor da mercadoria. Na linguagem técnica, esta operação é conhecida como fazer hedge. Segundo a BM&F, o mercado futuro é como um seguro contra a oscilação de preços.

Pré-requisitos

O pré-requisito básico para ingressar nesse mercado é saber o custo de produção/animal. Sem esse dado, não há como saber se o preço de venda será remunerador. “Sem controle financeiro completo, não dá para travar um preço que cubra, pelo menos, o custo de produção por animal”, diz o pecuarista Rogério Goulart, que possui fazendas de engorda em Mato Grosso do Sul e Tocantins.

Goulart negociou, há dez anos, um contrato, “para experimentar”. Hoje, tem mais de cem contratos na bolsa. “A ferramenta permite prever a margem de lucro.”

O criador Marcos Reinach, de Aparecida do Taboado (MS), diz que o mercado futuro é um “sistema de proteção de preços.” Ele, que atua na bolsa desde 2002, reforça a importância de ter os gastos na ponta do lápis. “Sem isso, não há vantagem na ferramenta.” No início, negociava de 5 a 10 contratos; este ano, já foram 50. “Nos últimos dois anos, o preço fixado foi remunerador”, diz ele, que abate 1.500 animais/ano.

Para o diretor-executivo da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), Fábio Dias, o mercado futuro está se expandindo sobretudo entre confinadores, que trabalham com dados precisos e acompanham de perto o mercado de insumos. “Eles sabem quanto será o custo do animal da engorda ao abate. Isso dá mais segurança para investir”, diz.

“A questão dos custos é tão crucial que, no ano passado, para quem confinou, mesmo com o valor da arroba 40% menor que este ano, os preços foram mais remuneradores, pois o preço dos insumos foi 60% menor em 2006”, afirma o pecuarista Reinach.

Fonte: jornal O Estado de São Paulo

Os comentários estão encerrados.