Senepol: Art Martinez esteve no Brasil visitando fazendas
7 de dezembro de 2005
Argentina eleva imposto de exportação da carne
9 de dezembro de 2005

Mercado já admite dólar abaixo de R$2 na virada do ano

Economistas já consideram a possibilidade de o câmbio ficar abaixo de R$ 2 na virada do ano. Se a hipótese se confirmar, a relação entre o real e o dólar voltará ao nível de fevereiro de 2001, antes da crise argentina e do início do racionamento de energia elétrica. Ontem, o dólar comercial fechou em R$ 2,19 e acumula queda de 17% no ano.

Segundo o economista-chefe do Banco Real, Mário Mesquita, mesmo que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) faça um corte mais ousado, de 0,75 ponto porcentual, na taxa básica de juros – que hoje está 18,5% ao ano – na reunião marcada para a próxima semana, a remuneração para o capital será atraente para os investidores estrangeiros.

Mesquita argumenta que uma taxa de juros de 17,75% ao ano, com o corte de 0,75 ponto porcentual, ainda supera, de longe, a remuneração do capital no exterior, que é de 4% ao ano.

Entre os fatores apontados para esse movimento, o economista-chefe da SulAmérica, Newton Rosa, destaca a elevada liquidez de capitais no mercado internacional, o risco Brasil ter batido recordes de baixa e o bom desempenho da balança comercial, tanto do lado das exportações como das importações.

Fonte: O Estado de SP (por Marcia de Chiara), adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Jose Flavio Figueira disse:

    Só queria entender porque nosso Real está se valorizando.

    Enquanto países como a China e EUA reduzem ou controlam o valor de sua moeda para ampliar as exportações e gerar riqueza interna, o Brasil faz exatamente o contrário. Será que nosso governo está fazendo isso por orientação dos países que querem segurar nossa competitividade no exterior?

    Boa parte de nossos exportadores só estão cumprindo os contratos antigos, e não estão buscando ampliar seus mercados de exportação, porque suas margens reduziram muito, por conta do cambio desfavorável. O passo seguinte é complicar a vida das empresas exportadoras.

    No agronegócio, os preços caem internamente, enquanto que os custos e os insumos não caem – muitos sobem. Isso gera descapitalização e compromete o futuro da produção. E da exportação.

    Essa política de câmbio só se justificaria se o Brasil quisesse pagar sua dívida externa integralmente – o que não é o caso.

    Gostaria de entender melhor tudo isso.

    Gratos, Flávio.