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Mercado prevê fortalecimento do dólar

O banco suíço UBS encerrou recomendação em investimentos em reais e passou a uma posição que definiu como "neutra". O fortalecimento do dólar nos mercados globais e a deterioração da conta corrente do país tornam a moeda brasileira mais vulnerável, segundo Paulo Tenani, analista-chefe do UBS Wealth Management.

O banco suíço UBS encerrou recomendação em investimentos em reais e passou a uma posição que definiu como “neutra”. O fortalecimento do dólar nos mercados globais e a deterioração da conta corrente do país tornam a moeda brasileira mais vulnerável, segundo Paulo Tenani, analista-chefe do UBS Wealth Management.

“Encerramos nossa recomendação de longa data para o real. Os retornos seguem muito generosos, porém, os riscos aumentam com demasiada rapidez”, afirma Tenani, um dos primeiros analistas a apostar que o movimento de alta do real se acentuaria, quando ele ainda era incipiente.

O estrategista-chefe do banco UBS considera que a tendência para o real não está mais tão clara como no passado. “Os fundamentos apontam para diferentes sentidos”, diz Tenani. O banco, entretanto, não espera uma imediata mudança de cenário: as taxas projetadas são de dólar a R$ 1,60 em três meses e a R$ 1, 70 em seis meses e em um ano. O dólar fechou a R$ 1,609 na sexta, quando subiu 1,07%. Na última semana, a moeda americana acumulou alta de 3,21%.

A favor de uma moeda doméstica mais forte há os altos juros no Brasil, que estão em 13%. “As taxas de juros ainda dão sustentação ao real. Elas mais que compensam o investidor disposto a assumir o risco cambial”, diz o analista. “Mas a conta corrente do Brasil está entrando em território negativo e se deteriora muito rapidamente”, acrescenta.

Para Marcelo Ribeiro, da Pentágono Asset Management, a tendência de alta do dólar é global “e veio para ficar”. “As aplicações também estão migrando dos emergentes para a Bolsa norte-americana. O real está vulnerável e vai se depreciar pelos próximos dois ou três anos”, afirma.

As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

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