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15 de outubro de 2010
Mercados Futuros – 18/10/10
19 de outubro de 2010

Mercado segue firme e arroba bate R$100

Mercado segue em alta e na última sexta-feira (15), o indicador a prazo indicador a prazo bateu a máxima de R$ 100,31/@, mostrando a firmeza do mercado. Os contratos com vencimento para novembro e dezembro na BM&FBovespa também ultrapassaram os R$ 100,00/@.

Mercado segue em alta e na última sexta-feira (15), o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 98,09/@, com valorização de R$ 1,31, batendo a máxima diária em R$ R$ 100,19/@. O indicador a prazo teve alta de R$ 1,21, sendo cotado a R$ 98,61/@ e na máxima do dia alcançou R$ 100,31.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio

Mostrando a firmeza do mercado, os contratos com vencimento para novembro e dezembro na BM&FBovespa ultrapassaram os R$ 100,00/@. O vencimento novembro/10, teve variação positiva de R$ 1,93, fechando a R$ 100,71/@. Os contratos que vencem em dezembro/10 registraram valorização de R$ 1,98, fechando a R$ 100,23/@.

Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 15/10/10

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para outubro/10

A demanda continua alta e a oferta de boi segue bastante restrita, o que dá suporte para que os preços continuem subindo no curto prazo.

Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.

No atacado, o traseiro foi cotado a R$ 7,70, o dianteiro a R$ 5,10 e a ponta de agulha a R$ 4,90. O equivalente físico foi calculado em R$ 94,83/@, com alta de 1,61%. O spread (diferença) entre indicador e equivalente caiu R$ 0,19 para R$ 3,26/@.

Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico

Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 722,08/cabeça, com valorização de R$ 3,06. A relação de troca subiu para 1:2,24.

Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Fernando Penteado Cardoso disse:

    Vocês continuam analisando a febre sem cuidar da doença.
    Estamos verificando alta de preços do boi porque falta boi.
    Falta boi porque estão criando menos.
    Estão criando menos porque falta forragem (pasto);
    Falta forragem porque não vem entrando novas áreas de pasto novo em terras férteis.
    Não entra pasto novo em terra fértil porque optamos pelo desmate zero.
    Optamos pelo desmate zero porque queremos ser politicamente corretos.
    Queremos ser politicamente corretos porque não queremos polêmica.
    Não queremos polêmica porque…
    Segundo a Revista Produtor Rural, entre 1996 e 2008 a pastagem nova em terra fértil cresceu 342.000 ha/ano em MT.
    Nos primeiros 3/4 anos essas pastagens de colonião alimentam 4 UA/ ha/ano com a forragem mais barata do mundo!.
    Após 10 anos passam a braquiária e sustentam 1 a 2 UA/ha/ano.
    Só que nos esquecemos de analisar o fator forragem. Digo alimento do gado.
    Com pouca forragem ha menos vacas de cria.
    E com menos vacas de cria ha menos bezerros.
    e sem bezerros não ha recria,
    e, sem recria não ha bois a engordar a pasto ou em confinamento,
    e, sem eles, o mercado fica firme e vai ficar firme.
    Se quiserem comprovar o que digo vão até Alta Floresta, Nova Monte Verde e Nova Canaã do Norte, em MT.
    Andei por lá em 1982 quando estavam semeando colonião em floresta recém aberta.
    Voltei em maio 2010 para ver o que estava acontecendo.
    É isso aí!. Quem duvidar, que vá até lá!
    Abraço
    Fernando Cardoso
    Eng.Agr. Sênior,USP-ESALQ,1936- Pres. Fundação Agrisus-S.Paulo.
    Pecuarista mirim em Mogi Mirim/SP. Vide anexo.

  2. José Manuel de Mesquita disse:

    Prezado Fernando Penteado Cardoso,

    A clareza de seus argumentos é a prova de que o raciocínio lógico ainda existe por estas bandas.

    Claro que se utilizarmos mais tecnologia (fertilizantes, herbicidas e irrigação) conseguiremos suprir parte do problema, mas… quem estará disposto a pagar por um bezerro, um valor maior do que o atualmente praticado?

    Enquanto não controlarem a natalidade, não haverá segurança contra o desmatamento… a não ser que passemos então a comer folhas das florestas, como nossos primos primatas…

    Enquanto isso nossos irmãos europeus e americanos, deveriam tratar de recompor suas reservas florestais, em vez de nos cobrar a não derrubada das nossas…

    Economizariam recursos financeiros gastos com ONG´s (nacionais e estrangeiras) e os aproveitariam de forma mais produtiva, financiando a recuperação das suas próprias reservas… Conversinha mole… eles nunca farão isso, não podem prescindir de suas terras… a recomposição das reservas lhes tiraria grande parte de sua área agriculturável… os preços locais subiriam, e o risco de faltar alimentos
    seria parte de seu dia a dia…

    É mais barato, subornar os “tupiniquins” do hemisfério sul, onde o sol tropical é aliado da produção de grãos e proteína animal… amortecendo-nos com a conversa da preservação ambiental que nunca foi respeitada por eles… e há um só tempo, conseguem limitar nossa capacidade de produzir alimentos, e evitar a competição por produtividade e preços contra seus próprios produtos…

    Tudo com a competente contribuição de muitos de nossos caciques… que no atual momento lutam pelo comando da tribo…

    Gostaria de saber como a candidata do PV faria para alimentar a população e preservar as florestas (cerrado inclusive), com sua agricultura familiar, hostilizando o grande produtor (agro e pecuário), sem um efetivo controle da natalidade…

    Plagiando seu estilo literário:

    Infelizmente para sobreviver, ainda necessitamos comer… para comer necessitamos colher… para colher, necessitamos plantar… para plantar necessitamos de terras… se as terras vão sendo ocupadas por cana, eucalipto e expansão das cidades, necessitamos desmatar… cada vez mais, pois a população cresce mais e mais a cada dia…

    Abraço, saúde e sorte,

    JMM

  3. Fernando Penteado Cardoso disse:

    Caro José Manoel:
    Obrigado por suas gentis palavras. Meus comentários limitam-se à produção de carne bovina. Queria mostrar que o “desmate zero” tem seu preço que vai ser pago pelos consumidores. Não se queixem os ecologistas. Veja opinião de 2007. Abraço.
    Falta de pasto e de bezerro
    “Eu vejo, com certa preocupação, um regresso da nossa pecuária. A pecuária [de corte] não passa de uma transformação da forragem, seja do capim, em carne. E nós vemos as pastagens gradualmente perdendo sua capacidade de sustento, o que é natural, pois o solo vai perdendo a fertilidade. E, na hora de recuperar a fertilidade, tem predominado a opção pela agricultura sobre a opção de gastar dinheiro com fertilizantes para essa recuperação, pois essa é a única maneira de resolver o problema. Ao tempo em que as pastagens decaem e se reduzem pela substituição, procura-se evitar a adição anual de milhares ou milhões de hectares de pastos novos formados em floresta. Quem conhece pasto novo formado em floresta, como em Alta Floresta p.ex., entende o que significa a entrada de milhões de ha de novas áreas anualmente, somando-se, somando-se, ano após ano, como vem acontecendo nos últimos 20 a 30 anos. Essa somatória está sendo reduzida pelas idéias novas sobre preservação da floresta e Amazônia. De modo que eu não duvido nada que, por falta de pasto, venha a faltar bezerro que é a matriz da carne. E que a carne volte a ser um produto reservado para o consumo interno, em prejuízo das exportações.”.
    Solenidade na Associação Brasileira de Criadores- ABC em 17.12.2007
    Palavras do homenageado Fernando Penteado Cardoso – Excerto